Quarto do Will

- Custa mais acreditar que tens um homem tão hot como eu como namorado. - gozei, apesar de me ter saído um pouco mal. - O que quero dizer é que, eu sei que custa, mas vamos pensar pelo lado positivo. Energias positivas atraem coisas positivas.

Ri-me ligeiramente com a sua tentativa de fazer uma piada - Isso também - Concordei. 
Para ele era fácil falar. O meu optimismo caira por terra - Pareces a minha avó a falar.

- Bela maneira de me chamares de velho. - fiz uma careta. No entanto, eu ainda achava que tinha razão. - Vais ter que aguentar comigo. Prometo que não vou sempre, para teu agrado, mas vou.

- És hot, mas também és velho. Não nos esqueçamos - Tentei entrei no bom humor. Estava a resultar. - Vais uma vez. Uma vez apenas. 

- Tenho trinta anos, isso não me faz de velho. - revirei os olhos quando a ouvi. Podia fingir que lhe fazia a vontade e acabar por acompanhá-la mais vezes do que dizia. - Hum.. tudo bem.

- Mais velho que eu.
Senti uma pequena vitória, embora de nada adiantasse.
O dia seguinte chegou e com ele uma nova sessão de quimioterapia. Eu e Will saímos juntos de casa.

Apreciei o seu justo. Contudo, mal me pousou na cama, tive de me levantar e correr até à casa de banho. Vomitei tudo o que tinha estômago, o que já não era muito.

Fiquei à espera dela no quarto. Acho que Maya não me queria ver na casa de banho, nem pintado de ouro. Tirei a minha roupa e abri a cama.

Lavei a boca quando tudo acabou. Voltei para o quarto - Sou capaz de não ser companhia hoje - Avisei, olhando-o.

- Tudo bem. - só a sua presença já me bastava. Fiz sinal para a cama. Mais tarde teria que ir trabalhar, por isso ia aproveitar as horas que tinha ao lado dela. - Agora precisas de descansar.

Não argumentei contra. Meti-me dentro dos lençóis e meti-em confortável, ou pelo menos o máximo que podia estar. Sorri fracamente para Will. - Não te preocupes comigo - Depois fechei os olhos.

Acabei por me deitar ao seu lado, bem agarradinho a ela. Só quando ela adormeceu é que descansei. E mais tarde, com alguma preguiça e má vontade, tive que me voltar a vestir e ir para a o loja. Claro, deixei-lhe algumas coisas para comer preparadas.

Acordei sozinha naquela cama, mas sentia o cheiro de Will na mesma e isso era bom. Decidi levantar-me e ir para a cozinha. Ia fazer-nos o jantar. Ate lá, não ia comer, por muito que a comida que ele deixara fosse apetitosa.

Gargalhei enquanto subíamos para o quarto. - Will... - Disse o seu nome apaixonadamente. Largou-me na cama e fiquei a fitá-lo com desejo.

Larguei-a com alguma delicadeza na cama, no entanto, parti logo para cima dela. Beijei os seus lábios. Queria matar saudades do seu corpo. - Maya.. - ri-me.

O meu corpo reagiu de imediato ao domínio do seu. Por mais cansada ou maldisposta que estivesse, nunca diria que não a isto. Não com ele. Sorri e aproximei-me, esmagando os meus lábios com os dele - Preciso de ti. Dentro de mim.

Eu também precisava dela. Por isso não perdi tempo com as nossas roupas. Puxei-a para cima do meu colo e penetrei-a.

Não consegui conter o gemido alto que soltei assim que ele me penetrou. Senti-me preenchida por ele e era uma sensação fantástica. Pendi a minha cabeça para trás.

A minha boca deslizou pelo seu pescoço até chegar aos seus seios. Agarrei firmemente nas suas ancas e fui investindo profundamente.

- Will...- gemi novamente, sentindo-o em força dentro de mim. Abri as pernas um pouco mais para que ele tivesse todo o espaço para se sobrepor a mim. Com uma mão, alcancei as suas costas e sou capaz de as ter arranhado um pouco.

Resmunguei e retribui-lhe com uma mordida no seu pescoço e ombros. Deitei-a na cama e movi-me rapidamente dentro de si. Queria encontrar o alívio o mais rápido possível.

As minhas pernas começaram a tremelicar. Eu começava a perder a cabeça - Vou... - Nem terminei pois o orgasmo assolou-me e eu fiquei sem respirar.

Beijei-a naquele mesmo momento e segundos depois, também eu atingi o orgasmo. Mantive-me firme, apoiado pelos cotovelos. Maya estava frágil, não me podia esquecer disso. - Tudo bem, meu amor?

Ali, naquele momento, senti-me maravilhosa e tudo se devia a ele. Ele fazia-me esquecer todo a merda do cancro. - Muito bem, William - Sorri - Beija-me.

Sorri abertamente e beije-a. Aproveitei para nos metermos debaixo dos lençóis. Não queria que ela apanhasse frio. - Tinha saudades tuas. - murmurei contra os seus lábios.