Sala de Estar

A minha mãe sorriu, dizendo-lhe que ela não tinha que agradecer e que enquanto estivesse magoada, ou mesmo, apenas se quisesse, que podia ficar ali. Eu apenas entrei em casa e sentei-me no sofá, já não me aguentava em pé durante muito mais tempo. Passei os dedos pelo cabelo olhando para elas ainda à entrada. - Entra e senta-te no sofá, eu vou fazer alguma coisa para os dois comerem e depois vou mostrar-te a casa. É pequena por isso não te vais cansar muito, mas mais vale repor as energias primeiro. - a minha mãe era mesmo assim, bem disposta, apesar de tudo. Eu devia ser mesmo parecido ao meu pai. Abanei a cabeça para tentar esquecer estes pensamentos estúpidos e afastei-me da ponta do sofá para que ela se viesse sentar.
-As sandes dela são ótimas. - comentei para deixar a minha mãe feliz e acendi a televisão para não estar tanto silêncio.

Ainda que tivesse sido Robb a convencer a sua mãe a deixar-me ficar ali com eles, eu não conseguia não me sentir feliz por estar a ser tão bem recebida, aliás, se a sua mãe não me quisesse ali, por muito que Robb quisesse, eu não tinha vindo. Por isso, também tinha de lhe agradecer a ela. E ia agradecer as vezes que fossem precisas, porque nem isso seria suficiente. Assenti com um sorriso às coisas que dizia, entrando em casa ao seu lado e assim que chegámos à sala, olhei de esguelha para Robb, soltando um pequeno suspiro ao lembrar-me do que tinha acontecido ainda há segundos atrás, por minha causa.
- Não precisa de se incomodar, eu não tenho fome.- ainda tentei dizer, mesmo depois de Robb falar, quando a sua mãe disse que ia fazer comida para os dois, mas já não fui a tempo, porque ainda não tinha acabado de falar e já ela estava a ir para a cozinha. Soltei um pequeno suspiro, chateada por já estar a dar tanto trabalho e como não tinha outra hipótese, comecei a andar até ao sofá, sentando-me com cuidado.

Observei-a a sentar-se ao meu lado e encolhi os ombros tentando quebrar o gelo e recuperar o meu ânimo. Não me parecia que o fosse recuperar tão rápido mas tinha que ir tentando aos poucos - mesmo que peças por tudo para não fazer o que quer que seja, ela vai fazer - disse-lhe - é mesmo assim, se estivesses a dar trabalho ela não tinha ficado tão feliz de te ter cá- informei-a enquanto mudava os canais da televisão, acabando por lhe dar o comando, que já me estava a irritar comigo próprio. Encostei a cabeça à almofada do sofá e estiquei a minha perna magoada para cima da mesa, ficando em silêncio, não me apetecia chatea-la.

Se houvesse um buraco onde eu me pudesse enfiar naquele momento, eu teria enfiado. Sim, porque eu nunca me tinha sentido tão estúpida como naquele momento. Onde é que eu tinha a cabeça para lhe agarrar na mão daquela forma? Mas do que é que eu estava à espera? De que ele me fosse agarrar de volta e vivêssemos felizes para sempre? Por amor de Deus Bea. Revirei os olhos a mim própria, pela milésima vez, e só não fugi dali a sete pés porque, para além de provavelmente não conseguir, Robb voltou a falar comigo, provavelmente só para não parecer mal, mas o que interessa é que falou. Desviei o olhar para ele, esperando que terminasse de falar e assim que isso aconteceu, não consegui conter um leve sorriso.
- Acho que agora percebo a quem é que sais tão teimoso.- e como a última coisa de que precisava era de que se chateasse, tentei dizer aquilo no tom mais brincalhão possível, numa tentativa de aliviar o ambiente. Agarrei no comando assim que mo passou, levantando ligeiramente as sobrancelhas enquanto olhava para o mesmo e acabei por passar alguns canais até deixar num em que estava a dar um programa qualquer. Para dizer a verdade, tinha a cabeça demasiado cheia para conseguir tomar atenção à televisão. Baixei o olhar para a mesa de centro, assim que Robb esticou uma das suas pernas para cima da mesma e ao perceber que se tratava da sua perna ferida, não resisti em olhá-lo.- não estás melhor pois não? - perguntei, não dando sequer tempo para me responder.- e podes dizer-me a verdade, eu vou saber se estiveres a mentir.

Desviei o olhar na direção de Bea e, ainda que ela tivesse dito aquilo num tom de brincadeira, abanei bruscamente a cabeça - eu não tenho nada à ver com ela - disse-lhe - a minha mãe é a melhor pessoa que eu conheço - e não era só por ser minha mãe, ela era mesmo a melhor das melhores. Desviei o olhar para a televisão juntando as sobrancelhas quando vi no sítio onde ela tinha parado e olhei-a, para ver se ela estava realmente a vê-lo. É que, nem os programas de moda eram tão desinteressantes. Mas ela não estava, Bea estava a olhar para a minha perna e só não a voltei a pôr no sítio porque me ia magoar. Levantei as sobrancelhas, encolhendo os ombros para lhe responder - já esteve pior.
-E já esteve melhor - veio a minha mãe opinar, colocando dois pratos em cima da mesa de centro ao lado da minha perna. - Deixa cá ver isso - mandou.
-Não, agora não - resmunguei baixinho e senti-a agarrar nas calças.
-Deixa de ser envergonhado e resmungão - reclamou a minha mãe. - Ela já deve ter visto coisas piores. Tira as calças. - Olhei-a, envergonhado e chateado, para depois me levantar e despir as calças.

Apesar de ter a certeza de que não tinha dito nada de mal desta vez, não consegui não me assustar com a urgência com que Robb me respondeu, mal insinuei que ele e a sua mãe eram parecidos. Levantei as sobrancelhas, ao mesmo tempo que desviava o meu olhar na sua direcção e assim que terminou de falar, não evitei um pequeno revirar de olhos.
- Tu também não és má pessoa Robb.- resmunguei, apesar de concordar consigo. A sua mãe era, de facto, uma excelente pessoa. Caso contrário, porque estaria ela a ajudar-me quando mal me conhecia? - tens é mais dificuldade em mostrá-lo.- encolhi os ombros e acabei por decidir não dizer mais nada, antes que ele se chateasse ou começássemos para ali a discutir sobre quem tinha mais razão. Recostei-me no sofá, abraçando-me cuidadosamente a uma das almofadas que estavam pousadas sobre o mesmo e acabei por pousar o comando da televisão no meio de nós os dois, visto que nenhum estava a prestar atenção. Voltei a concentrar a minha em Robb, esperando que respondesse à pergunta que lhe tinha feito, sobre a sua ferida, mas quando me respondeu não tive tempo de resmungar com ele, visto que a sua mãe entrou na sala, falando por mim.- obrigada.- limitei-me a dizer, tanto pela comida como por lhe estar a dar na cabeça e pouco me importei se Robb se ia chatear, ficando apenas a olhá-lo. Levantei ligeiramente as sobrancelhas assim que percebi que estava incomodado por eu estar ali, ou pelo menos era o que parecia, e cheguei mesmo a tentar levantar-me, mas sem sucesso.- se quiserem eu posso sair.- murmurei, mordiscando o lábio de forma discreta assim que Robb começou a baixar as calças. A sua mão tinha razão, eu já tinha visto coisas muito, mas mesmo muito piores.

Fechei os olhos durante breves segundos, tentando ignorar o que ela dizia. Não valia a pena ligar, ela não sabia o que dizia. Eu não era boa pessoa, não tinha nada de parecido com a minha mãe, infelizmente. Eu tentava, eu juro que sim, mas era impossível aproximar-me do que ela era. Revirei os olhos ao ouvi-la agradecer indiretamente à minha mãe por estar a ralhar comigo mas continuei mudo. O que ia acontecer de mau enquanto ela cá estivesse era que as duas iam concordar em bastantes coisas e ia ser impossível atura-las às duas e fazer o que queria. Mesmo assim, não me arrependia, a minha mãe precisava dela e ela precisava de alguém que tratasse dela. E tu Robb? Não precisas de nada? Não. Abanei a cabeça a mim próprio e, depois de ter tirado as calças, sentei-me.
-Não precisas de ir, és tu a seguir e podes comer à vontade, deves ter fome - disse enquanto fitava a televisão, não queria nada ver o olhar reprovativo da minha mãe, por causa do mau aspeto da ferida.

Bastou-me olhar para a expressão de Robb para perceber que o melhor era acabar com aquela conversa, que foi exactamente o que fiz, apesar de continuar com a mesma opinião. Ele era teimoso, e estúpido a maior parte do tempo, mas eu continuava a acreditar que, por detrás de tudo aquilo, estava uma pessoa boa, tal e qual a sua mãe. De qualquer das formas, não insisti. Se íamos ter de conviver durante alguns tempos, era melhor não o irritar logo no primeiro dia. Tentei não olhar demasiado fixamente, enquanto Robb baixava as calças, e desviei o olhar durante breves segundos para a televisão, tendo de o olhar assim que falou comigo. Levantei ligeiramente as sobrancelhas com o que me disse, ficando sem perceber se também ia ter de me despir à sua frente ou não, mas decidi que era melhor nem perguntar, acabando por me esticar até uma das metades da sandes, não conseguindo resistir em dar-lhe uma trinca. Só agora me apercebia da fome que sentia. Soltei um suspirinho agradado, recostando-me no sofá e não consegui evitar deixar o meu olhar descair até à sua perna, ou melhor, até à sua ferida.
- Eu tentei que ele me deixasse levá-lo ao hospital.- suspirei, falando para a sua mãe.- mas você sabe como o seu filho é teimoso.- revirei os olhos, juntamente com um abanar de cabeça.- a única coisa que me deixou fazer foi um curativo.

Olhei para Bea mal a ouvi falar com a minha mãe e não foi preciso ser muito inteligente para saber que ela ia contar-lhe o que se tinha passado. Revirei os olhos, vendo o olhar da minha mãe dirigir-se ao meu - precisamos de falar - disse-me ela com um ar mais sério do que o normal. Olhei de imediato para Beatrice, querendo esgana-la por não saber estar calada. Eu bem sabia que devia ter ido para casa em vez de ter aceitado a sua pena. Abanei a cabeça para mim mesmo, fazendo uma careta e apertando as mãos em punho enquanto a minha mãe me desinfectava a ferida. Mordi o lábio inferior, levantando-me assim que terminou e desapareci, precisava de tomar um banho e vestir outra coisa mais confortável para estar em casa.

Se eu achava estar a fazer a coisa certa ao contar à mãe de Robb o quão teimoso ele era, arrependi-me no minuto a seguir, mal vi a expressão que ele me dirigia. Não era como se estivesse apenas chateado, era algo mais..era o suficiente para me fazer sentir a pior pessoa à face da Terra por me ter metido onde não era chamada. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, calando-me de imediato e pressionei o meu corpo contra o sofá, desejando que aparecesse um buraco ali, à minha frente, para eu me enterrar. Sim, porque se eu já me sentia mal, pior fiquei mal ouvi a sua mãe falar com ele. Eu era da opinião que ele precisava de levar na cabeça, para ver se aprendia a ser menos casmurro, mas não queria que a sua mãe se chateasse com ele por causa do que eu tinha dito. Mas porque é que eu não sabia estar calada? Ainda pensei em pedir desculpa e calar-me de vez, mas muito antes de eu ter tempo de falar, já Robb se estava a ir embora. Boa Bea, depois queixa-te que ele não te deixa aproximares. Engoli em seco, ao mesmo tempo que soltava um longo suspiro e apesar de me sentir bastante estúpida naquele momento, não consegui evitar olhar para a sua mãe.
- Se calhar o melhor é eu ir-me embora.- acabei por dizer, encolhendo ligeiramente os ombros.- eu não quero que ele se esteja sempre a irritar por minha causa e eu consigo tomar conta de mim.

Encostei-me à porta do quarto, conseguindo ouvir cada palavra que Beatrice disse à minha mãe e revirei os olhos. Sinceramente, eu não sabia porque é que agia assim com ela, eu tentava controlar-me de todas as maneiras, mas não percebia, só me apercebia quando já estava perto de explodir e, depois, ela parecia que fazia de propósito. Abanei a cabeça a mim mesmo e voltei até à sala, olhando as duas e quebrando o raciocínio da minha mãe, que ia começar a falar - tu não vais a lado nenhum, está bem? - nem deixei que ela começasse - Desculpa, tu irritas-me, não sei lidar contigo - falei como se fosse a coisa mais natural do mundo, mas não era, eu nunca fui tão agressivo com ninguém, muito menos com uma rapariga, quanto era com ela. Sempre tinha sido respondão ou mal criado, mas ainda era pior com Beatrice. - Paredes finas - justifiquei-me agarrando-me à porta antes que ela perguntasse como é que tinha ouvido. A minha mãe assentiu e olhou-nos.
-Tu, Robb, tens que aprender a compreender-te primeiro para saberes lidar com esta rapariga. - disse-me ela antes de sair, depois de um sorriso a Bea. - Vou trabalhar para o quintal, se precisarem de alguma coisa, chamem.

Verdade seja dita: eu não me queria ir embora. Era primeira vez que eu me sentia bem recebida numa família, e era também a primeira vez que eu sentia que alguém queria realmente tomar conta de mim, o que era bastante triste, sim, mas não deixava de ser verdade. Ainda assim, a última coisa que queria era que Robb se sentisse desconfortável na sua própria casa, e tudo por minha causa e por causa da minha grande boca. Por isso, se a sua mãe concordasse comigo, eu ia embora e ficava tudo bem. Porém, e no preciso momento em que a sua mãe parecia ir responder-me, Robb entrou de repente na sala, fazendo o meu coração disparar mais do que o que era suposto. Juntei as sobrancelhas, mordiscando o meu lábio de forma distraída, e mantive-me calada enquanto ele falava, não conseguindo evitar um leve suspiro. Sim, acho que o problema era mesmo esse, nós não sabíamos lidar um com o outro. Tínhamos os dois feitios demasiado fortes que, quando entravam em conflito, não havia forma de os parar. Se bem que desta vez, e só desta vez, eu não tinha dito aquelas coisas por mal, apenas..preocupava-me com ele. Forcei-me a dirigir um sorriso à sua mãe, quando ela também sorriu para mim e só depois de se ter ido embora é que eu me atrevi a olhar para Robb, se bem que durou pouco tempo, visto que rapidamente baixei o olhar para os meus dedos entrelaçados uns nos outros.
- Eu não te queria irritar.- comecei por dizer.- só disse aquelas coisas porque...- mordi a pontinha da minha língua antes de continuar. Oh, vá lá Bea.- porque me preocupo contigo, pronto, já disse.- suspirei.- mas eu prometo que me vou parar de meter nas tuas coisas.- assenti.- vou estar tão caladinha que nem vais dar pela minha presença enquanto aqui estiver.

Voltei a entrar na sala, decidido a ficar lá já que aquela era a minha casa e sentei-me no sofá mais uma vez, ouvindo-a começar a falar e a dizer que não me queria irritar. A verdade é que a culpa nem era só dela, era nossa, das nossas personalidades que chocavam e dava faísca. Olhei-a, ligeiramente curioso por ter deixado a frase a meio e parecer relutante em continuar. Ia já provoca-la, para que ela continuasse, mas quando ela finalmente disse algo, forcei a que a minha boca se fechasse, ficando apenas a olha-la. Porque raio é que ela se preocupa comigo? - Porque é que te preocupaste mais comigo do que contigo quando foste meter-te no meio daqueles dois? - perguntei. - És só burra - abanei a cabeça sem qualquer tom de provocação na voz.

Felizmente Robb não voltou a ir embora. Ainda que o ambiente estivesse estranho, preferia tê-lo ali do que estar sozinha. Cheguei-me mais para a pontinha do sofá, para ter a certeza de que ele tinha espaço e estiquei-me até ao copo de sumo que estava pousado sobre a mesa de centro, dando um gole no mesmo.Voltei a recostar-me no sofá, brincando com os meus dedos enquanto sentia o som da televisão interromper o silêncio que se começava a instalar entre nós, mas esse mesmo silêncio não durou muito tempo, visto que a voz de Robb o interrompeu assim que começou a responder ao que lhe tinha dito, fazendo-me suspirar. Porque é que te preocupaste mais comigo do que contigo quando foste meter-te no meio daqueles dois? O que é que era suposto dizer? Que me tinha preocupado porque se calhar não o detestava quanto fazia parecer? Que me tinha preocupado porque não queria que lhe acontecesse nada de mal? Exacto, não era, de todo, uma boa ideia.
- Porque acho que é isso que acontece quando nos preocupamos verdadeiramente com alguém.- acabei por responder, encolhendo ligeiramente os ombros.- fazemos coisas sem pensar, porque não queremos que nada de mal lhe aconteça.- continuei, mordiscando o meu lábio inferior de forma distraída.- ou então talvez tenhas razão e eu sou mesmo burra.- voltei a encolher os ombros.- não sei Robb, tu deixas-me confusa.

Eu deixava-a confusa e ela preocupava-se verdadeiramente comigo... Semicerrei os olhos, tentando perceber e assimilar aquelas palavras, mas não consegui tirar nenhuma conclusão dali. - Sim, deves estar muito confusa, porque não tens que te preocupar com nada que tenha à ver comigo - disse-lhe - não te voltes a meter nas minhas coisas, não volto a chamar nenhuma ambulância para ti - avisei-a e apeteceu-me sair dali para fora, mas não o fiz, fiquei apenas com o olhar colado ao ecrã da televisão durante algum tempo, muito. Só quando me acalmei é que voltei a falar - queres ver o teu quarto? - perguntei, se bem que estava mais a manda-la levantar-se.

Se eu pensava que aquele nosso momento de sinceridade ia servir para acalmar as coisas entre nós, bem que podia tirar o cavalinho da chuva porque assim que terminei de falar e Robb me respondeu, naquele seu mesmo tom de sempre, eu senti uma enorme vontade de retirar tudo aquilo que lhe tinha acabado de dizer, ainda que não deixasse de ser a verdade. Aliás, era por isto mesmo que ele me deixava confusa, porque mesmo sendo um estúpido do pior, eu conseguia preocupar-me com ele, e bastante. Cerrei o maxilar com força, para reprimir a vontade de lhe responder que crescia dentro de mim e aproveitei para respirar fundo enquanto o fazia, só o olhando quando me consegui controlar minimamente.
- Como queiras Robb.- acabei por responder, desviando o olhar logo de seguida para a televisão e só não saí dali, porque ainda não conhecia as outras divisões da casa. Passei uma mão pela cara, fechando os olhos durante breves segundos e abri os olhos ao fim desse tempo, estremecendo mal ouvi a voz de Robb mais uma vez. Tem calma Bea, respira fundo. Mordi a parte de dentro da minha bochecha, para me manter calada, e limitei-me a assentir à sua pergunta, levantando-me devagarinho para depois o seguir.