Sala de Estar

Sentei-me no sofá depois de pegar na minha comida.
- Não doem nada, puto. Tu é que és pequenino e pensas que dói. - encolhi os ombros e comecei a comer.

sorri para nate e comecei a comer, dando o sumo de vez em quando para ele nao o deixar para o fim. - quando fores grande vais ver que nao doi nada

- Basta teres uma médica bonita a dar-te picas e vês logo se dói. - brinquei.

- nate..  eu digo.te as enfermeiras bonitas - semicerrei os olhos - nao queiras as enfermeiras bonitas, quer so as velhotas porque ja sabem o que fazem - disse a colin e sorri - a mana é que sabe melhor

- As enfermeiras bonitas tiraram um curso durante anos. Têm que ter algum mérito. - encolhi os ombros.

- algumas so passaram o curso porque realmente sao bonitas - revirei os olhos - algumas talvez mereçam credito mas outras nao - resmunguei

- Digamos que eu falo das que merecem o crédito, então. - encolhi os ombros despreocupadamente e acabei de comer.

atirei.lhe uma batata - está bem mas as velhas sao melhores para todos os efeitos, nao as bonitas ou boas

Desviei-me da batata.
- Como quiseres, Alexa. Cada um sabe o que prefere.

- é, cada um sabe o que quer - revirei os olhos - com licença, eu ja venho - levantei.me e fui ate a casa de banho para me acalmar. ele estava tao diferente e eu só queria o meu nate de volta. sentia tantas saudades dele

Observei-a a abandonar a sala e fiz uma careta. Estava chateada.
Virei-me para Colin e comecei a falar com ele sobre o seu dia enquanto ele comia calmamente.

Depois de ter lavado a cara e me recomposto voltei para a sala, sentando.me no sofá a olhar para os bonecos sem interesse nenhum. Tinha perdido a fome e a vontade de lhe pedir para passar a noite ali comigo. De qualquer maneira ele iria inventar uma desculpa sobre ter muito trabalho ou então alguma coisa

Alexa voltou à sala e depois de Colin acabar de comer, acabei por me levantar.
- Vou indo, então. Vim cá trazer o jantar e assim. Mas parece que tudo acaba contigo chateada sabe-se lá pelo quê. - disse para ela quando Colin foi à casa de banho. - Até depois puto. - disse quando ele voltou.

- Eu até queria que passasses cá a noite, ia.te pedir isso quando o jantar acabasse mas provavelmente vais dizer que tens algo para fazer ou estás muito cansado - abanei a cabeça - e irias recusar o convite tal como ontem - passei as mãos pelos olhos

- Não, não ia. Mas contigo amuada só porque falei em enfermeiras bonitas? A sério? - revirei os olhos.

- tens recusado todos os convites que faço para passarmos a noite juntos. queres que eu pense o que ? que esta noite vais aceitar ? - perguntei

- Se tenho recusado é porque tenho tido as minhas razões para fazê-lo. - revirei os olhos. - É difícil teres assuntos para tratar e papéis para assinar de cenas que não te lembras. - resmunguei. - Tudo bem, Alexa. Nem tentes compreender se não queres. Tive um mês em coma e o outro presidente a tratar de tudo o que podia, mas há coisas que são do meu domínio, não do dele.

- Achas que eu não sei disso Nate ? - perguntei - Tive lá contigo todos os dias a toda a hora. Eu não me lembro de ter saido daquele quarto durante aquele mês. Dormi na cadeira ao lado da cama e acho que nunca tive tanto medo na vida desde a morte dos meus pais - pressionei os olhos com os polegares - tudo bem Nate, se achas que eu não compreendo, tudo bem. Eu tento compreender.te, juro que tento e faço tudo por ti, eu ate te perguntei se precisavas de ajuda e recusaste.a, eu ja nao sei que fazer

Suspirei.
- Eu gosto de ser independente e ter a minha vida e fazer as coisas sozinho quando eu as posso fazer.
Abanei a cabeça.
- Nem digo mais nada, Alexa.

- Eu sei que gostas e tu és independente mas acho que aceitar ajuda não te torna dependente, é so porque nao te lembras das coisas e eu já te ajudei antes, nao foi ajudar porque acabei por te distrair - suspirei - mas quando se ama uma pessoa faz.se tudo por ela e eu faço tudo por ti, incluindo ajudar.te em coisas que não percebo ou afastar.me se é isso que queres. não vou pedir desculpa pelos meus ciumes porque nunca pedi e tu nunca te importaste que os tivesse

Abanei a cabeça.
- Mas tu estás com ciúmes do quê? - perguntei, olhando-a.

- eu nao tou com ciumes, tu e que me acusaste de os ter - suspirei e passei a mao pelo cabelo, baixando a cabeça - nem tenho motivos para os ter - murmurei, começando a arrumar os papeis em cima da mesa e a po.los dentro do saco para os por no lixo

- Acabaste de dizer que não me ias pedir desculpa por teres ciúmes. Isso quer dizer que os tens. - resmunguei.

suspirei - nao gostei que falasses do facto de dizeres que gostas de enfermeiras bonitas porque vais a muitas consultas, esquece pensei demasiado. queres cá passar a noite ou nao ? - perguntei

- Vou a consultas. Com o meu médico. - disse lentamente de sobrolho arqueado. - Não o ando a apreciar.
Suspirei.
- Tudo bem, eu fico. Mas tens que parar com isso.