Sala de Estar

Estava a chegar ao sofá para me sentar quando senti as suas mãos na minha cintura, puxando-me, e as minhas costas embateram no seu peito.
- Mas eu sou irresistível. - ironizei, até porque eu não acreditava naquilo que dizia.
Olhei-o por cima do ombro, ficando com a minha cara perto da sua.
- Não quer dizer que eu tenha gostado. E a tua mão está a fazer força no fio e o robe está a desapertar-se. - avisei.

- Não, não gostei. - encolhi os ombros levemente e olhei para baixo, para o nó do robe que se desfazia à medida que ele puxava. - Se essa é a tua intenção, então está compreendido. - fiz uma careta e virei-me para ele, já com o robe a abrir-se completamente.

- Se calhar eu gosto de beijar, mesmo que não goste do beijo da pessoa.
Senti o meu robe cair no chão e ele depois afastou-se. Ri-me e sentei-me no sofá.
- Não me afetas. - encolhi os ombros.
Mordi o interior do lábio.
- Ainda esta semana. Porquê?

- Pensa o que quiseres, Evan. - sorri e ele sentou-se à minha beira enquanto eu me ria. - Eu sei que te afeto. É visível. - encolhi os ombros levemente, com um sorriso inocente nos lábios.
Sentei-me no colo dele, com uma perna de cada lado do seu corpo. Tinha intenções de provocá-lo, mas não sabia o porquê nem queria realmente saber.
- Estás a tentar arranjar um babysitter grátis para o teu irmão para tu andares na boa vida. - revirei os olhos e rodeei o seu pescoço com os braços, mexendo-lhe no cabelo.

Assenti com a cabeça, enquanto sentia as suas mãos na minha cintura.
- É, absolutamente. Mas eu pretendo ter vida lá. - gozei. - Há rapazes giros? - perguntei-lhe, inclinando a cabeça e sorrindo inocentemente.

Senti as suas mãos moverem-se para a minha barriga e mordi o interior do lábio.
- Não te acho nada demais. Portanto, têm que haver gajos mesmo bons lá. - encolhi os ombros levemente.
Olhei para as suas mãos por momentos e depois levantei o olhar para ele.

Senti a minha cabeça embater nas almofadas do sofá e revirei os olhos quando se levantou. Quando ele começou a falar, aproveitei para o rodear com as pernas e fazer força suficiente para ele se desiquilibrar num momento de surpresa.
Coloquei-me de pé no sofá e cruzei os braços.
- É o que pretendo fazer. Ver por mim mesma. - encolhi os ombros.

Encolhi os ombros.
- Eu não quero absolutamente nada. - sorri-lhe e saltei para o chão, pegando no meu robe e voltando a vesti-lo. - Nem eu quero que te importes. - revirei os olhos e abanei a cabeça.

Retribui o beijo.
- Dava jeito ajuda com as mudanças. - brinquei. Ia começar a empacotar as coisas para levar já naquele dia.

Fiz-lhe uma careta.
- Se quiseres ajudar. - encolhi os ombros levemente. - Hoje, daqui a bocado. - respondi-lhe, apontando um monte de caixas de cartão que estavam a um canto da sala.

Revirei os olhos.
- Posso chamar amigas minhas, elas tinham-se oferecido para ajudar. - apontei para ele, batendo-lhe com o dedo no peito. - Não sejas tão convencido. - encolhi os ombros e afastei-me, espalhando as caixas pela sala, assim como o papel com bolinhas protetoras. Eu não tinha muita coisa, até porque não me mudara à tanto tempo assim, mas com a ajuda dele era mais rápido.

- Não. Nem sabia em que dia vinhas. Se não tivesses aparecido hoje, tinhas batido com o nariz na porta, porque já estaria em mudanças. - encolhi os ombros. - Podes pôr estas coisas na mesma caixa, vou arrumar os livros.