Piscina

Acabei por ir à piscina da vila, visto ter um cartão que fazia com que não pagasse a entrada. Dei uns mergulhos e deitei-me numa espreguiçadeira, esperando que Cameron aparecesse, ou não.

Vesti uns calções, peguei numa toalha e na minha carteira e telemóvel, e sai de casa. Andei um pouco até à piscina.
- Hey - disse pousando as minhas coisas na espreguiçadeira ao lado da dele.

Acabei por me sentar na espreguiçadeira para o cumprimentar.
- Hey. - acabei por dizer também.

Tirei a minha t-shirt e olhei em volta.
- Então, está tudo em cima? - perguntei deitando-me na espreguiçadeira. Olhei para a piscina, já lá iria.

Encolhi os ombros.
- Na mesma, desta vez só um bocado chateado com a minha irmã. - fiz uma careta olhando-o.

- Então? O que é que se passou? - perguntei e olhei-o também.

Voltei a encolher os ombros.
- Não me deixa arranjar outro trabalho, é uma pita. - murmurei com razão. - Tu sabes que eu trabalho de manhã, aquilo não me cansa nada, e agora estão a precisar de um copeiro ao pé da minha casa, recebo alimentação lá, dão-me também subsidio e não apagam mal. - acabei por lhe explicar a situação.

- Porque é que não experimentas fazeres uns dias esses dois trabalhos? - perguntei. - Assim podes mostrar à tua irmã que consegues e que não te custa nada. - disse.

Mais uma vez encolhi os ombros.
- Foi isso que lhe disse, mas já te disse que ela é uma pita e não compreende nada. - resmunguei.

Olhei-o.
- Então estás numa situação complicada. - disse. - Mas se queres mesmo fá-lo, pode ser que ela depois de ver que consegues compreenda. - disse.

Encolhi os ombros mais uma vez, um pouco farto daquela história toda e acabei por me levantar, mandando-o para dentro da piscina.

- Eii! - resmunguei por me ter mandado para a piscina. Acabei por puxa-lo também o que fez com que fosse contra uma senhora. Ri-me com a cara da mulher.

Acabei por pedir desculpa à senhora, que apenas me fez um sorriso ligeiro e virei-me para ele, agarrando para o colocar no fundo da piscina. - Estás fodido! - murmurei e fiz com que ele mergulhasse bem fundo.

Estava-me a rir e quando dei por ele já me estava a agarrar-me e a empurrar-me. Ainda tentei soltar-me, mas não estava a ser fácil. Decidi então tentar suster a respiração, mas chegou a um certo ponto que estava a ser complicado.

Acabei por o largar e nadar até à outra ponta da piscina, ficando a observa-lo na mesma.

Suspirei de alivio quando me largou e quando vim à superfície respirei fundo. Semi cerrei os olhos quando o vi na outra ponta da piscina e acabei por voltar para a espreguiçadeira.

Voltei para a espreguiçadeira um pouco depois. - Então puto? - gozei com ele a rir-me à força toda. - Cansado? - voltei a rir-me e peguei na minha toalha para passar no cabelo.

- Muito, já nem consigo caminhar... - disse meio chateado por ele estar a gozar comigo.

Sentei-me na espreguiçadeira olhando para ele. - E miúdas? Como vai isso? - acabei por perguntar curioso.

Encolhi os ombros.
- Não vai ninguém me quer. - disse um pouco dramático. - Mas isso arranja num instante. - disse rindo-me. - E tu?

Gargalhei por já saber como ele era, nada de coisas sérias.
- Temos de ir sair os dois, aproveitar a noite, se é que me entendes. - ri-me piscando-lhe o olho. Há muito que não saíamos...

Ri-me e assenti com a cabeça.
- Ai não que não entendo. - disse com um sorriso. - E a ti, também ninguém te quer? - perguntei rindo-me.

Neguei com a cabeça rindo-me, porque era coisa que não me chateava, aproveitava a vida sem ninguém me chatear.
- Não estas a trabalhar certo? - perguntei numa esperança de pudemos sair hoje. - Estou de folga amanhã... - acrescentei.

Assenti quando abanou a cabeça.
- Trabalho, mas é só de tarde. - disse. - Porque? Queres ir sair hoje? - perguntei e olhei-o.