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Clube de Equitação
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Re: Clube de Equitação
Parei quando por fim cheguei à beira dela, e tentei não me rir, quando me apercebi de que a tinha assustao, com a minha repentina chegada.
- Podemos ir mesmo a pé. - disse-lhe com um encolher de ombros. - É mesmo aqui perto, quando sairmos para fora do clube de equitação, já dá para avistar o café. - acrescentei em modo de explicação. - Bem, podemos ir então? Ou ainda tens mais alguma coisa a fazer aqui? - nesse momento olhei para o meu relógio, verificando que tinha exatamente meia hora até ao começo da próxima aula.
- Podemos ir mesmo a pé. - disse-lhe com um encolher de ombros. - É mesmo aqui perto, quando sairmos para fora do clube de equitação, já dá para avistar o café. - acrescentei em modo de explicação. - Bem, podemos ir então? Ou ainda tens mais alguma coisa a fazer aqui? - nesse momento olhei para o meu relógio, verificando que tinha exatamente meia hora até ao começo da próxima aula.
Dylan Carter- Mensagens : 96
Data de inscrição : 24/04/2014
Re: Clube de Equitação
Não tinha bem a certeza se ele tinha percebido o meu terror ou não, mas esperava bem que não. Isso seria embaraçoso. Abanei a cabeça - Nop, podemos ir - afirmei, confiante, e caminhei lado-a-lado com ele para fora dali.
Alicia Schratter- Mensagens : 65
Data de inscrição : 22/04/2014
Re: Clube de Equitação
Depois de ter saído do campo de tênis fui logo para minha casa, não porque tivesse de ir para lá, mas sim porque estava sem vontade de fazer mais nada. Acabei por passar o resto daquele dia no sofá, a ver alguns filmes, séries e a navegar pela internet. Quando anoiteceu, preparei algo para comer e depois disso fui dormir, sentia-me cansado, apesar de ter tido um dia bastante calmo.
No dia seguinte, era dia de trabalho e por isso acordei mais cedo do que tinha acordado no dia anterior. Sim, porque no dia anterior tinha sido o meu dia de folga, mas já tinha passado e hoje era dia de voltar ao trabalho. Depois de sair da cama, dirigi-me à casa de banho, onde acabei por tomar um duche bem rápido, voltei ao quarto e arranjei-me até ficar pronto para sair de casa. Ao passar por um móvel que tinha no meu quarto, olhei para o meu tablet que estava pousado sobre o mesmo. Peguei nele e assim que o desbloqueei, a página do meu instagram apareceu no ecrã. Mais precisamente a página onde tinha a fotografia que eu tinha encontrado no dia anterior. Engoli em seco, e abanei a cabeça. Precisava de parar de pensar naquilo, não me fazia nada bem nem servia de nada. O pior mesmo, era conseguir esquecer um assunto que me tinha atormentado desde sempre, agora era diferente. Antes eu não tinha absolutamente nada, mas agora tinha... agora tinha uma fotografia da minha mãe. Precisava de depois ver o que iria fazer, queria encontrá-la, vê-la, saber o seu nome, qualquer coisa menos continuar na ignorância que me tinha perseguido até agora. Acabei por pousar o tablet no sítio onde estava antes e seguidamente saí de dentro do quarto. Desci as escadas até à garagem e entrei no meu carro, abri a porta e sai para o exterior da minha casa.
Assim que cheguei à rua, conduzi de imediato até ao clube de equitação, olhei para o relógio digital do carro e vi que ainda tinha uns minutos. Felizmente tinha-me conseguido despachar sem muitas demoras, como acontecia habitualmente. A viagem até ao clube de equitação não foi muito demorada, e assim que lá cheguei fui estacionar o meu carro no sítio habitual. Saí do mesmo e entrei no clube, comprimentei algumas pessoas e depois fui andando por aquela zona, enquanto ainda era cedo para as minhas aulas daquele dia começarem.
No dia seguinte, era dia de trabalho e por isso acordei mais cedo do que tinha acordado no dia anterior. Sim, porque no dia anterior tinha sido o meu dia de folga, mas já tinha passado e hoje era dia de voltar ao trabalho. Depois de sair da cama, dirigi-me à casa de banho, onde acabei por tomar um duche bem rápido, voltei ao quarto e arranjei-me até ficar pronto para sair de casa. Ao passar por um móvel que tinha no meu quarto, olhei para o meu tablet que estava pousado sobre o mesmo. Peguei nele e assim que o desbloqueei, a página do meu instagram apareceu no ecrã. Mais precisamente a página onde tinha a fotografia que eu tinha encontrado no dia anterior. Engoli em seco, e abanei a cabeça. Precisava de parar de pensar naquilo, não me fazia nada bem nem servia de nada. O pior mesmo, era conseguir esquecer um assunto que me tinha atormentado desde sempre, agora era diferente. Antes eu não tinha absolutamente nada, mas agora tinha... agora tinha uma fotografia da minha mãe. Precisava de depois ver o que iria fazer, queria encontrá-la, vê-la, saber o seu nome, qualquer coisa menos continuar na ignorância que me tinha perseguido até agora. Acabei por pousar o tablet no sítio onde estava antes e seguidamente saí de dentro do quarto. Desci as escadas até à garagem e entrei no meu carro, abri a porta e sai para o exterior da minha casa.
Assim que cheguei à rua, conduzi de imediato até ao clube de equitação, olhei para o relógio digital do carro e vi que ainda tinha uns minutos. Felizmente tinha-me conseguido despachar sem muitas demoras, como acontecia habitualmente. A viagem até ao clube de equitação não foi muito demorada, e assim que lá cheguei fui estacionar o meu carro no sítio habitual. Saí do mesmo e entrei no clube, comprimentei algumas pessoas e depois fui andando por aquela zona, enquanto ainda era cedo para as minhas aulas daquele dia começarem.
Dylan Carter- Mensagens : 96
Data de inscrição : 24/04/2014
Re: Clube de Equitação
Os raios de sol entravam por entre as fendes dos estores e agrediam os meus olhos, fazendo-os cerrar com possança e voltar-me na cama até descobrir uma posição cómoda e longe dos raios de luz. As costas latejavam de dor, estava toda torta sobre o chão do meu quarto. A minha cara estava sobre o tapete do quarto, somente passado alguns segundos é que me recordei que havia tomado comprimidos, talvez tenha exorbitado na dosagem. Segurei na caixa, onde ainda estava o meu telemóvel e desenterrei-o no meio de toda aqueles livretes de informações e cabos e mais cabos. Resmunguei impaciente. Quando, finalmente, o tive nas minhas mãos liguei-o, colocando o cartão na lateral do mesmo, as horas estavam corretas assim como a data, visto que sincronizei com a conta da rede, e isso havia-me poupado tempo. Não me importei realmente com o que Robb havia dito, não queria que ele soubesse o que se passasse, ou que ele me impedisse, já não era a primeira vez que fazia alguém ficar chateado comigo para os proteger, é do meu feitio.
Levantei-me desengonçada do chão e mal me estiquei as minhas costas esticaram fazendo-me gemer de dor. – Porra. – Rabujei e atirei o telemóvel para cima da cama, onde ficava mais seguro. Avancei até à casa de banho e coloquei as mãos em cima do lavatório fechando os olhos com força. Larguei um suspiro. Abri a água da torneira e coloquei as minhas mãos em concha deixando a água cair lá para dentro, e quando consegui ter alguma água nas minhas mãos enxaguei a minha cara, com uma das minhas mãos procurei o meu gel e lavei a minha cara com um produto próprio para a mesma.
Com a toalha enxuguei o meu rosto e de seguida lavei os dentes permanecendo a contemplar o espelho enquanto os expurgava, estava nervosa e isso fazia-se ver pelo estremecer das minhas mãos. Mal acabei dirigi-me até ao quarto onde troquei a roupa que estava por um vestido comprido branco, com um folho na zona do peito até a anca, era solto e simples e assim não tinha que me preocupar. Escovei o meu cabelo e rapidamente concebi uma trança embutida desde o cimo da cabeça até ao fundo do meu longo e esbelto cabelo. Baixei-me procurando os meus saltos de cabedal, e mal os encontrei calcei-os rapidamente. Estava a tremer das mãos, sentia o meu corpo quente do pavor que começava a gerar dentro de mim. Peguei na minha mala com a estampinha do michael kors e dirigi-me até a entrava de casa onde me despedi da minha cadela, dando-lhe algumas festas. Enquanto me dirigia até ao carro fui colocando o meu batom e algum creme na cara. No GPS coloquei lá as coordenadas do centro hípico de Mine, acabei por notar, unicamente a meio da viagem que tinha deixado o meu telemóvel em casa, possivelmente o meu cão iria dar cabo dele e isso naquele momento não me pareceu importar. Impaciente abri o vidro e fechei enquanto também mudava constantemente de música, nada me parecia acalmar. O caminho ainda demorou, treinava o que lhe iria dizer com a raiva que sentia no momento estava a quente e mesmo que quisesse ver o lado bom da cena, simplesmente não conseguia. – A culpa disto tudo é tua, tua! – Repeti vezes sem contra contra o espelho imaginando-o ali, a minha frente. Estacionei o carro e cerrei os punhos, tirei a chave do carro e de seguida atirei-a para dentro da mala onde rapidamente ficou atelhada com todas as coisas que por lá estavam. E ele se ele fosse perigoso ? e se fosse um bruto? Certamente estas inseguranças fizeram-me parar por um pouco, pois saberia que no momento em que o via iria explodir. Finalmente obtive a coragem necessária para abandonar a viatura, deixando-a aparcada perto de umas arvores. A paisagem era bastante apaziguadora e por um lado toda essa calma e paz era transmitida a mim que rapidamente a repelia. Segui até ao balcão onde uma rapariga ruiva,com o cabelo curto completamente encaracolada se dirigiu a mim e com um ar bastante simpático perguntou se eu precisava de ajuda, contrariando todo aquele meu lado efusivo do momento sorri e solicitei por Dylan. De forma muito espontânea explicou onde possivelmente a esta hora o encontrava, como por nomes não chegava lá ela foi comigo deixando alguns clientes à espera e guiou-me para junto dele, à medida que andava começava a avistar uma silhueta masculina. Pude reparar mais nele à medida que me aproximava e um aperto no peito cresceu até ao meu pescoço quando me atafegando. Oh Dylan, Dylan. O cheiro nojento a cavalo e a fezes e sei lá faziam-me querer vomitar e despachar aquilo rapidamente. Ter vindo de saltos não foi a melhor opção e se queria falar com ele certamente que não iria ser no meio de bosta, há que haver respeito por aquilo que vou dizer. –Dylan! – A rapariga decidiu abandonar o tom querido dela e colocar-se aos berros. Revirei os olhos. – Obrigada, querida, eu trato daqui agora. – Estava a tremer tanto das mãos que nem conseguia falar com atenção. –Podes me explicar porque raio colocas fotos da minha mãe nas redes socias? Não tens vergonha depois do que tu criaste? É para que? Se queres dinheiro tinhas pedido, isso so traz problemas para nós percebes? – Proferi num tom de voz cruel e irritado. – É bom que tires aquilo de lá que não te diz respeito.
Levantei-me desengonçada do chão e mal me estiquei as minhas costas esticaram fazendo-me gemer de dor. – Porra. – Rabujei e atirei o telemóvel para cima da cama, onde ficava mais seguro. Avancei até à casa de banho e coloquei as mãos em cima do lavatório fechando os olhos com força. Larguei um suspiro. Abri a água da torneira e coloquei as minhas mãos em concha deixando a água cair lá para dentro, e quando consegui ter alguma água nas minhas mãos enxaguei a minha cara, com uma das minhas mãos procurei o meu gel e lavei a minha cara com um produto próprio para a mesma.
Com a toalha enxuguei o meu rosto e de seguida lavei os dentes permanecendo a contemplar o espelho enquanto os expurgava, estava nervosa e isso fazia-se ver pelo estremecer das minhas mãos. Mal acabei dirigi-me até ao quarto onde troquei a roupa que estava por um vestido comprido branco, com um folho na zona do peito até a anca, era solto e simples e assim não tinha que me preocupar. Escovei o meu cabelo e rapidamente concebi uma trança embutida desde o cimo da cabeça até ao fundo do meu longo e esbelto cabelo. Baixei-me procurando os meus saltos de cabedal, e mal os encontrei calcei-os rapidamente. Estava a tremer das mãos, sentia o meu corpo quente do pavor que começava a gerar dentro de mim. Peguei na minha mala com a estampinha do michael kors e dirigi-me até a entrava de casa onde me despedi da minha cadela, dando-lhe algumas festas. Enquanto me dirigia até ao carro fui colocando o meu batom e algum creme na cara. No GPS coloquei lá as coordenadas do centro hípico de Mine, acabei por notar, unicamente a meio da viagem que tinha deixado o meu telemóvel em casa, possivelmente o meu cão iria dar cabo dele e isso naquele momento não me pareceu importar. Impaciente abri o vidro e fechei enquanto também mudava constantemente de música, nada me parecia acalmar. O caminho ainda demorou, treinava o que lhe iria dizer com a raiva que sentia no momento estava a quente e mesmo que quisesse ver o lado bom da cena, simplesmente não conseguia. – A culpa disto tudo é tua, tua! – Repeti vezes sem contra contra o espelho imaginando-o ali, a minha frente. Estacionei o carro e cerrei os punhos, tirei a chave do carro e de seguida atirei-a para dentro da mala onde rapidamente ficou atelhada com todas as coisas que por lá estavam. E ele se ele fosse perigoso ? e se fosse um bruto? Certamente estas inseguranças fizeram-me parar por um pouco, pois saberia que no momento em que o via iria explodir. Finalmente obtive a coragem necessária para abandonar a viatura, deixando-a aparcada perto de umas arvores. A paisagem era bastante apaziguadora e por um lado toda essa calma e paz era transmitida a mim que rapidamente a repelia. Segui até ao balcão onde uma rapariga ruiva,com o cabelo curto completamente encaracolada se dirigiu a mim e com um ar bastante simpático perguntou se eu precisava de ajuda, contrariando todo aquele meu lado efusivo do momento sorri e solicitei por Dylan. De forma muito espontânea explicou onde possivelmente a esta hora o encontrava, como por nomes não chegava lá ela foi comigo deixando alguns clientes à espera e guiou-me para junto dele, à medida que andava começava a avistar uma silhueta masculina. Pude reparar mais nele à medida que me aproximava e um aperto no peito cresceu até ao meu pescoço quando me atafegando. Oh Dylan, Dylan. O cheiro nojento a cavalo e a fezes e sei lá faziam-me querer vomitar e despachar aquilo rapidamente. Ter vindo de saltos não foi a melhor opção e se queria falar com ele certamente que não iria ser no meio de bosta, há que haver respeito por aquilo que vou dizer. –Dylan! – A rapariga decidiu abandonar o tom querido dela e colocar-se aos berros. Revirei os olhos. – Obrigada, querida, eu trato daqui agora. – Estava a tremer tanto das mãos que nem conseguia falar com atenção. –Podes me explicar porque raio colocas fotos da minha mãe nas redes socias? Não tens vergonha depois do que tu criaste? É para que? Se queres dinheiro tinhas pedido, isso so traz problemas para nós percebes? – Proferi num tom de voz cruel e irritado. – É bom que tires aquilo de lá que não te diz respeito.
Convidado- Convidado
Re: Clube de Equitação
O tempo estava a passar de forma demasiado lenta e já não sabia muito bem o que mais fazer por ali, antes de ter de dar as aulas. Fui até à zona onde os cavalos se encontravam e acabei por alimentar alguns deles, não é que fosse preciso, mas queria mesmo distrair-me. A minha cabeça estava a mil, não conseguia parar de pensar naquele assunto, por mais que o tentasse fazer. Era horrível. Dirigi-me a uma pequena torneira que havia por ali, junto a um muro, e abrindo a torneira passei as minhas mãos por água fresca. De seguida fechei a água e abanei as mãos, de maneira a deixá-las assim secar ao natural.
Encontrava-me meio distraído, quando comecei a ouvir vozes atrás de mim e pareceu-me ouvir o meu nome, por várias vezes até. Demorei ainda algum tempo a virar-me naquela direcção, mas quando o fiz, fiquei demasiado surpreendido pela visão que se estendia à minha frente. Estava ali a rapariga que tinha conhecido na discoteca no outro dia. Não a Regina, mas sim a outra rapariga loira que estava com ela. Era a Mia, não me tinha esquecido do seu nome, não sei bem porquê, mas talvez fosse pelo facto de ela não me ter parecido totalmente desconhecida na altura. Abri ligeiramente a boca, preparando-me para dizer algo quando ela se aproximou, mas não tive sequer oportunidade de o fazer. Mia começou a atacar-me e arqueei uma sobrancelha assim que ela disse a palavra mãe
- A tua mãe? - perguntei completamente confuso e ainda mais fiquei quando me falou em dinheiro. Eu não precisava de dinheiro. - Do que é que estás a falar? Deves estar a fazer confusão com alguma coisa... ou com alguém...- a minha expressão continuava a ser de total confusão. Porque é que ela estava a dizer aquilo sobre a mãe dela? Eu tinha colocado uma fotografia da minha suposta mãe.
Encontrava-me meio distraído, quando comecei a ouvir vozes atrás de mim e pareceu-me ouvir o meu nome, por várias vezes até. Demorei ainda algum tempo a virar-me naquela direcção, mas quando o fiz, fiquei demasiado surpreendido pela visão que se estendia à minha frente. Estava ali a rapariga que tinha conhecido na discoteca no outro dia. Não a Regina, mas sim a outra rapariga loira que estava com ela. Era a Mia, não me tinha esquecido do seu nome, não sei bem porquê, mas talvez fosse pelo facto de ela não me ter parecido totalmente desconhecida na altura. Abri ligeiramente a boca, preparando-me para dizer algo quando ela se aproximou, mas não tive sequer oportunidade de o fazer. Mia começou a atacar-me e arqueei uma sobrancelha assim que ela disse a palavra mãe
- A tua mãe? - perguntei completamente confuso e ainda mais fiquei quando me falou em dinheiro. Eu não precisava de dinheiro. - Do que é que estás a falar? Deves estar a fazer confusão com alguma coisa... ou com alguém...- a minha expressão continuava a ser de total confusão. Porque é que ela estava a dizer aquilo sobre a mãe dela? Eu tinha colocado uma fotografia da minha suposta mãe.
Dylan Carter- Mensagens : 96
Data de inscrição : 24/04/2014
Re: Clube de Equitação
Estremeci e encarei a sua cara, parecia-me surpreendida mas para um trapaceiro, o que certamente era, podia estar muito bem a mentir. – Sim a minha..nossa -Hesitei um pouco antes de prosseguir. - mãe... – Vasculhei por dentro da minha mala por uma foto dela e estendi-a para ele para que pudesse conferir o que estava a dizer. – Sim essa senhora é minha mãe, mas tu deves saber muito bem. Por amor de deus Dylan, a sério? Sabes muito bem a merda…que… isto pode dar à minha família? – Cerrei os punhos com tanta força que entranhei as minhas unhas nas palmas da mão e comecei a andar para algo onde bosta não me rodeasse.
Encostei-me a uma fenda de madeira e esperei por alguma sua atitude, parecia um pão sem sal e se é mesmo meu irmão e filho da mesma senhora que eu certamente estaria a esconder o que realmente sentia. – já te disse, se foi pela fama ou pelo dinheiro, meu amigo à vontade…agora agradeço-te que não publiques isso por aí nas redes socias não achas? – Virei a cara, sentia os meus olhos a arder do choro que eu estava a segurar, se por um lado me queria agarrar aos seus braços e por outro lado queria desatar ali à chapada com ele até que ele tirasse aquilo dali. Isso fazia-me relembrar todos os dias que por ele nunca fui acarinhada e tive que crescer ao abandondo.
Encostei-me a uma fenda de madeira e esperei por alguma sua atitude, parecia um pão sem sal e se é mesmo meu irmão e filho da mesma senhora que eu certamente estaria a esconder o que realmente sentia. – já te disse, se foi pela fama ou pelo dinheiro, meu amigo à vontade…agora agradeço-te que não publiques isso por aí nas redes socias não achas? – Virei a cara, sentia os meus olhos a arder do choro que eu estava a segurar, se por um lado me queria agarrar aos seus braços e por outro lado queria desatar ali à chapada com ele até que ele tirasse aquilo dali. Isso fazia-me relembrar todos os dias que por ele nunca fui acarinhada e tive que crescer ao abandondo.
Convidado- Convidado
Re: Clube de Equitação
Os meus olhos arregalaram-se automaticamente assim que ela disse a nossa mãe. Isto só podia ser uma brincadeira, uma brincadeira de muito mau gosto.
- Nossa?! - perguntei, elevando agora um pouco mais o meu tom de voz. - Nossa mãe? - repeti as palavras. Abanei a cabeça, quando algo começou a fazer sentido na minha cabeça. Era por isso que Mia não me tinha parecido muito estranha, ela era... era minha irmã! Claro, se aquela mulher da fotografia era minha mãe, e era mãe dela. Fitei Mia e abanei a cabeça. - Eu não fazia ideia que ela era tua mãe! Eu vi ontem aquela fotografia pela primeira vez, vi ontem pela primeira vez a minha mãe! - arranquei das suas mãos a fotografia que ela me estendeu e olhando para a mesma, pude ver que era a mesma pessoa. - Eu não sabia por isso podes parar de me atacar como eu tivesse feito a pior coisa do mundo. - resmunguei.
Ela começou a andar, e eu segui atrás dela, com passos apressados, sentia-me furioso agora e ela falar em dinheiro deixava-me ainda mais. - Dinheiro? Achas que eu quero a porcaria do teu dinheiro? Não preciso do dinheiro de ninguém para nada. - vociferei com um revirar de olhos. Mas ela pensava que eu era o quê? Um mendigo à procura dos seus minutos de fama? - Eu publico o que eu quero e bem me apetece, não tenho culpa que ela seja tua mãe e nem sequer pedi para ser minha também. - atirei-lhe a fotografia que ainda se encontrava nas minhas mãos. - Não sei porque tanto te queixas. Sempre tiveste uma mãe ao teu lado. Já eu, eu tive de viver a minha vida toda sem saber como ela era ou como se chamava. - resmunguei cerrando os punhos, precisava de me acalmar mas isso agora tornava-se difícil. - Estás para aí a julgar-me de uma coisa da qual eu nem sequer tenho culpa. Sou tão culpado quanto tu, tu é que és uma mimada que precisa de pôr a culpa nos outros. - coisas típicas de raparigas mimadas, tal como ela deveria ser.
- Nossa?! - perguntei, elevando agora um pouco mais o meu tom de voz. - Nossa mãe? - repeti as palavras. Abanei a cabeça, quando algo começou a fazer sentido na minha cabeça. Era por isso que Mia não me tinha parecido muito estranha, ela era... era minha irmã! Claro, se aquela mulher da fotografia era minha mãe, e era mãe dela. Fitei Mia e abanei a cabeça. - Eu não fazia ideia que ela era tua mãe! Eu vi ontem aquela fotografia pela primeira vez, vi ontem pela primeira vez a minha mãe! - arranquei das suas mãos a fotografia que ela me estendeu e olhando para a mesma, pude ver que era a mesma pessoa. - Eu não sabia por isso podes parar de me atacar como eu tivesse feito a pior coisa do mundo. - resmunguei.
Ela começou a andar, e eu segui atrás dela, com passos apressados, sentia-me furioso agora e ela falar em dinheiro deixava-me ainda mais. - Dinheiro? Achas que eu quero a porcaria do teu dinheiro? Não preciso do dinheiro de ninguém para nada. - vociferei com um revirar de olhos. Mas ela pensava que eu era o quê? Um mendigo à procura dos seus minutos de fama? - Eu publico o que eu quero e bem me apetece, não tenho culpa que ela seja tua mãe e nem sequer pedi para ser minha também. - atirei-lhe a fotografia que ainda se encontrava nas minhas mãos. - Não sei porque tanto te queixas. Sempre tiveste uma mãe ao teu lado. Já eu, eu tive de viver a minha vida toda sem saber como ela era ou como se chamava. - resmunguei cerrando os punhos, precisava de me acalmar mas isso agora tornava-se difícil. - Estás para aí a julgar-me de uma coisa da qual eu nem sequer tenho culpa. Sou tão culpado quanto tu, tu é que és uma mimada que precisa de pôr a culpa nos outros. - coisas típicas de raparigas mimadas, tal como ela deveria ser.
Dylan Carter- Mensagens : 96
Data de inscrição : 24/04/2014
Re: Clube de Equitação
Fiquei calada a ouvi-lo, as suas palavras que me esmagavam o coração. Estendi a minha mão para pegar na fotografia e quando estava prestes a dispensar todo o meu orgulho a sua voz alterou-se de tal forma que me fez retrair tudo aquilo que de bom iria dar a conhecer. Não sabia porque tinha vindo falar com ele, certamente não pensei que ele poderia estar tão magoado como eu. Fiquei a ouvi-lo até ao fim, a sua voz era tão dura comigo, todos aqueles julgamentos não se enquadravam comigo. – Tu não me conheces! Primeiro não falas assim de mim, percebes? Porque tu estragaste tudo do que eu podia alguma vez ter, se tu não conheceste a tua mãe verdadeira eu não conheci o meu pai verdadeiro percebes? Porque esse teve contigo sempre, e pelo que sei toda essa traição da minha mãe arruinou todo o seu casamento e por isso, e ao contrario de ti novamente, eu..eu não interessa. – Virei-me de costas para ele, coloquei as minhas mãos sobre as tábuas de madeira e observei os cavalos enquanto progressivamente os meus olhos ficavam cheios de lagrimas, impedindo-me de ver alguma coisa. Eu sempre vivi com um senhor, que embora nunca me tenha acarinhado, eu chamava-o de pai. Nunca contei nada disto a ninguém, não precisava de …era um segredo muito meu.Limpei discretamente, sem ele ver as lágrimas que caiam e fiquei em puro silêncio tentando-me acalmar.
Convidado- Convidado
Re: Clube de Equitação
Fechei os olhos por segundos e respirei fundo. Ao invés de me acalmar, acho que estava só a ficar cada vez pior. Sentia-me frustado, irritado, enganado, magoado, e muitos mais adjectivos que se fosse dizer todos, nunca mais sairia daqui.
- Tu também não me conheces e estás a falar para mim e a dizer-me coisas como se me conhecesses. - acabei por dizer depois de ela falar. Ela tinha chegado aqui a julgar-me, e eu não podia fazer o mesmo em relação a ela? Ela estava à espera do quê? Se calhar que eu ficasse calado enquanto ela dizia aquelas coisas e me deixasse ficar como se tudo estivesse perfeito. Quando isso não era verdade. Eu tinha sofrido tanto quanto ela. Se ela tinha vivido sem um pai, eu tinha vivido sem uma mãe. - E achas que eu tenho culpa dessas coisas? Diz-me, tenho culpa? Tenho culpa de eles os dois terem estragado tudo? Achas que fui eu quem estragou o casamento da tua mãe? Achas que fui quem impediu que tivesses coisas que nunca tiveste? - as perguntas saiam todas da minha boca, como se quisesse fazê-la entender que eu não tinha nada a ver com aquilo.
Ela virou-se de costas para mim e eu apenas permaneci no mesmo sítio enquanto continuava virado na direcção dela. - Também perdi muitas coisas, não foste só tu quem ficou a perder com tudo isto. Caramba, mete na cabeça que tenho tanta culpa como tu! - retorqui e comecei a andar de um lado para o outro, já farto de estar ali.
- Tu também não me conheces e estás a falar para mim e a dizer-me coisas como se me conhecesses. - acabei por dizer depois de ela falar. Ela tinha chegado aqui a julgar-me, e eu não podia fazer o mesmo em relação a ela? Ela estava à espera do quê? Se calhar que eu ficasse calado enquanto ela dizia aquelas coisas e me deixasse ficar como se tudo estivesse perfeito. Quando isso não era verdade. Eu tinha sofrido tanto quanto ela. Se ela tinha vivido sem um pai, eu tinha vivido sem uma mãe. - E achas que eu tenho culpa dessas coisas? Diz-me, tenho culpa? Tenho culpa de eles os dois terem estragado tudo? Achas que fui eu quem estragou o casamento da tua mãe? Achas que fui quem impediu que tivesses coisas que nunca tiveste? - as perguntas saiam todas da minha boca, como se quisesse fazê-la entender que eu não tinha nada a ver com aquilo.
Ela virou-se de costas para mim e eu apenas permaneci no mesmo sítio enquanto continuava virado na direcção dela. - Também perdi muitas coisas, não foste só tu quem ficou a perder com tudo isto. Caramba, mete na cabeça que tenho tanta culpa como tu! - retorqui e comecei a andar de um lado para o outro, já farto de estar ali.
Dylan Carter- Mensagens : 96
Data de inscrição : 24/04/2014
Re: Clube de Equitação
Ele tinha toda a razão do mundo para me estar a ofender, estava a agir como se de uma mimada me tratasse. Engoli a seco e assenti, o meu orgulho queria prender toda a minha fala, quando tentava gesticular algo apenas ficava parada. Mal fechei os olhos todos os meus outros sentidos se apuraram, o cheiro já não era intenso e desagradável, pelo contrário era algo bastante delicado e primaveril. Um cavalo branco cavalgava à nossa volta, e parecia compreender a nossa tensão pois guinchava cada vez que passava por mim. Baixei-me apanhando uma flor, que aparentemente parecia comestível visto que os cavalos a devoravam nos prados, uma sensação de calafrio mergulhou as minhas costas, arrepiando-me toda a pele.A sua cara era tão serena, pude observar os seus traços com toda a minuciosidade pedida, a sua pele, ao contrário da minha era mais pálida, pouco tínhamos em comum exceto apenas uma coisa, o formato dos olhos, que era talvez, a única coisa onde me assemelhava a ele. – Peço desculpa Dylan, não era de todo esta minha intensão. Apenas…confrontei isto hoje ainda com a minha…nossa mãe e vim…a quente para aqui e explodi para cima de ti. As minhas sinceras desculpas. – Estendi a minha mão, peguei na dele e apertei-a gentilmente. – Não se volta a repetir tens toda a razão. Não tens culpa, não pediste para nascer,nem tu nem eu, para isto acontecer.Só…senti que tinha que culpar alguém. Desculpa…eu vou para casa. Se precisares alguma coisa de mim algum dia, - Duvidava muito que ele me quisesse ver, estar comigo, partilhar esta vida comigo. – Está aqui o meu numero e a minha morada…e a da mãe também, não esperes algo muito grande dela que ela não passa de uma manipuladora e mentirosa. Se queres amor, não…é com ela, ou não foi comigo que isto aconteceu. Mas pode ser que abras o coração e libertes algo de bom dela. Fica bem, cuida de ti… - Queria tanto perguntar-lhe sobre o meu pai, imergir em memórias deles, conhecê-lo, estar com ele. Afastei-me dele e fitei o seu olhar durante alguns segundos, acenei e continuei a andar sem me aperceber que havia entrado no prado. Emergida nos meus pensamentos, procurava saber o porque de ter apenas agora descoberto a sua existência, sentia-me tão sozinha e talvez com ele…não tivesse de ter passado tanto tempo sozinha. Os cavalos pareceram estranhar a minha presença e quando estava prestes a sair de lá um veio a correr contra a minha direção, a sua sombra era veloz e passado pouco tempo uma dor agoniante embateu contra o meu corpo, o vento batia na minha cara com força e senti-me a ser chocada conta algo áspero, grande que me cortou as costas. O meu olhar deixou de avistar a paisagem bela e tudo pareceu ficar escuro, os sons deixaram de ser próximos e tudo pareceu confuso. Somente aquela dor pareceu permanecer comigo.
Convidado- Convidado
Re: Clube de Equitação
Voltei a ficar em silêncio quando ela se começou a desculpar devido ao que tinha acabado de fazer. O pior era que eu não era assim, não deixava que as pessoas fizessem o que quissessem de mim, e de seguida esperassem que tudo ficaria bem. Agora estava magoado com ela, e mesmo que não quissesse estar, não conseguiria evitá-lo. Olhei por momentos em volta, e respirei fundo, tentando absorver um pouco de todo aquele ar puro. Estava a precisar. Estava a acontecer demasiada coisa em tão pouco tempo. Ainda ontem eu não tinha nada e agora, agora sabia como era a minha mãe e tinha acabado de conhecer a minha suposta irmã. Eram demasiadas coisas. Olhei para as suas mãos quando estendeu a sua e me pegou na mão apertando-a levemente. Não me movi sequer, deixando-me assim ficar como se ela nem sequer tivesse feito nada.
- As coisas não funcionam assim. - disse simplesmente e suspirei baixinho. Peguei no papel que ela me dava e que continha o seu número e morada e acabei por o guardar no bolso das calças, pelo sim pelo não. A minha vontade de procurar a minha mãe, parecia que tinha sumido um pouco, tal era a confusão que agora se tinha instalado na minha cabeça. Já nem sabia o que deveria fazer em relação a todo aquele assunto. Penso que a expressão no meu rosto mostrava um pouco de desprezo quando Mia virou costas e se começou a afastar, indo na direcção oposta de onde eu me encontrava.
Respirei fundo, tentando ainda acalmar-me e tão depressa as coisas estavam naquele estado como de repente vi um cavalo ir na direcção de Mia. Ainda comecei a correr na sua direcção, para tentar impedir que algo acontecesse, no entanto, tudo foi tão rápido que no instante seguinte Mia já se encontrava estendida no meio do chão. Engoli em seco, e apressadamente alcancei o seu corpo, agora caído. Apercebi-me que um tratador de cavalos tinha visto o sucedido e apenas lhe disse para prender aquele cavalo e chamar uma ambulância. Aninhei o meu corpo ao lado do de Mia. - Mia... - chamei tendo o cuidado de não a mexer, pois não sabia se ela estava muito magoada ou não. - Mia, acorda. - toquei no seu rosto e virei-me para trás, na direcção onde estava ainda o tratador de cavalos. - Chama uma ambulância! Já! - gritei para ele. Olhei de novo para Mia, sem saber o que fazer, tinha medo de lhe tocar e a magoar mais e queria apenas que ela abrisse os olhos, agora que se encontrava desmaiada. Tinha medo que algo de mal lhe acontecesse, não só porque tinha a certeza que ia levar com as culpas do que tinha acabado de acontecer, mas também porque apesar de tudo eu era humano e preocupava-me com ela.
- As coisas não funcionam assim. - disse simplesmente e suspirei baixinho. Peguei no papel que ela me dava e que continha o seu número e morada e acabei por o guardar no bolso das calças, pelo sim pelo não. A minha vontade de procurar a minha mãe, parecia que tinha sumido um pouco, tal era a confusão que agora se tinha instalado na minha cabeça. Já nem sabia o que deveria fazer em relação a todo aquele assunto. Penso que a expressão no meu rosto mostrava um pouco de desprezo quando Mia virou costas e se começou a afastar, indo na direcção oposta de onde eu me encontrava.
Respirei fundo, tentando ainda acalmar-me e tão depressa as coisas estavam naquele estado como de repente vi um cavalo ir na direcção de Mia. Ainda comecei a correr na sua direcção, para tentar impedir que algo acontecesse, no entanto, tudo foi tão rápido que no instante seguinte Mia já se encontrava estendida no meio do chão. Engoli em seco, e apressadamente alcancei o seu corpo, agora caído. Apercebi-me que um tratador de cavalos tinha visto o sucedido e apenas lhe disse para prender aquele cavalo e chamar uma ambulância. Aninhei o meu corpo ao lado do de Mia. - Mia... - chamei tendo o cuidado de não a mexer, pois não sabia se ela estava muito magoada ou não. - Mia, acorda. - toquei no seu rosto e virei-me para trás, na direcção onde estava ainda o tratador de cavalos. - Chama uma ambulância! Já! - gritei para ele. Olhei de novo para Mia, sem saber o que fazer, tinha medo de lhe tocar e a magoar mais e queria apenas que ela abrisse os olhos, agora que se encontrava desmaiada. Tinha medo que algo de mal lhe acontecesse, não só porque tinha a certeza que ia levar com as culpas do que tinha acabado de acontecer, mas também porque apesar de tudo eu era humano e preocupava-me com ela.
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Re: Clube de Equitação
- As coisas não funcionam assim. – Murmurou, a sua face demonstrava todo o desprezo que sentia por mim, não me deixei de sentir rejeitada e de me sentir culpada pelo mesmo. Afastei-me dele, negando toda a minha vontade de o conhecer, com tudo isto nem perguntei pelo meu pai. Ao afastar-me dele os meus pensamentos tornaram-se cada vez mais absurdos e obsoletos, comparava-o com a minha mãe na maneira de me tratar, e agora havia percebido que somente a culpa de ele me tratar assim era minha, não pudendo culpabilizar mais alguém.
Ainda me virei e fitei-o vendo que já nem olhava para mim, e com isto tudo acabei dentro de um sitio cheio de terra que teimava a entrar dentro dos meus pés, um homem ao fundo, um pouco baixo com um chapéu gigante verde acenou-me, como não percebi a sua intensão atravessei a estancia de forma a chegar até ele, mas algo atingiu-me de tal força e forma que as dores era insuportáveis e por momentos queria apenas desligar desta dor, ouvia vozes, talvez a reconhecia mas não tive forças sequer para tentar decifrar quem era o dono daquela voz. O silêncio compôs-se e só foi interrompido pelo barulho da ambulância, que no meio dos outros que já voltara a ouvir era o único que se destacava. Estava tudo escuro e não conseguia perceber onde estava, o que me estavam a dizer ou como iria responder. A dor voltou a atacar-me as costas novamente, queria mexer-me mas parecia que não conseguia fazê-lo por mim, nada se movia, parecia estará presa num corpo…inanimado.
O cheiro, oh sim o cheiro, esse era agradável do prado que estava ao nosso redor, a brisa tocava no meu cabelo e por momentos senti o mesmo a esvoaçar. As vozes começavam-se a tornar mais concretas, porém, desta vez não reconhecia nenhuma. Eram a vozes de vários homens, pelo que me parecia e aos poucos fui começando a sentir, a pior parte era que sentia as dores também das costas…mas as pernas, as pernas não as conseguia mexer, assim como o meu pescoço que parecia estar apertado com algo. Abri os olhos e olhei em meu redor, fazendo todos os possíveis para conter o gemido que se prendia a minha garganta, a dor era tão forte, tão funda tão…tormentosa. Os homens estavam vestidos de vermelho, e começavam a falar,mas continuava sem perceber o que me diziam, o que tinha acontecido realmente. Muitas mãos percorreram o meu corpo e colocaram-me em algo duro que fazia as costas voltarem a ganhar vida, e morderem-me a alma, provocando esta dor tão intensa. Queria apagar de novo, deixar de sentir esta dor. Tentei levantar-me num impulso meu, estava presa, completamente presa. Duas mãos colocaram-se sobre o meu peito e pararam-me. – Ninguém entra aqui, apenas a equipa médica. A sua voz era tão grave, tão alta que me fazia retrair. Silêncio, por favor, silêncio. Tinha vontade de falar, mas os meus lábios estavam presos, via um pouco, mal mas via e ia-me apercebendo do que me estavam a fazer. As portas fecharam e aquilo arrancou, á medida que caminhávamos para algum lugar uma dor súbita na garganta fez-me gemer, olhei para baixo vendo um tubo a sair de lá. Merda. Merda. Que porcaria é que tinha feito desta vez, será…será de não andar a comer?
Fitava um pequeno relógio pelo canto do olho, cada segundo que passava parecia ser uma eternidade. Os números eram vermelhos, grandes, chamativos e um pouco barulhentos. Não conseguia pensar em nada, o porquê de estar ali era a única questão que por vezes pairava pela minha mente vazia, branca. Queria adormecer para a dores pararem, mas parecia que sempre que o tentava fazer alguém me acordava, ou tentava parar. – Não podes adormecer, foca-te. – E foi a primeira vez que havia visto uma mulher ali dentro, loira, batom estridente cor de rosa. As suas unhas enormes roçaram na minha testa, queria falar. Queria-me mexer, queria sobretudo reagir. Mexe, Mexe, Mexe! Ordenei mentalmente ao meu corpo que me manteve imóvel como se já não se conseguisse mover.Ou eu já não possuía o dom de mover e de governar o meu corpo ou algo de muito errado se passava. - I'm not sure if I should show you what i've found.Has it gone for good?Or is it coming back around?Isn't it hard to make up your mind?When you're losing and your fuse is fireside. – A música ecoava pela carrinha, estava alta demais para a puder apreciar, para me distrair de toda a dor que sentia no momento.
A carrinha parou, e eu fechei os olhos adormecendo ou caindo assim num buraco negro onde o meu pensamento era nulo, onde nada havia. Estava presa novamente.
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Re: Clube de Equitação
O que estava a acontecer estava a começar a deixar-me demasiado nervoso. Já não bastava o que tinha acontecido, e agora era ainda mais isto, que no fundo, era o pior de tudo. E se ela estivesse mesmo muito mal? Eu não fazia ideia de como ela estava. Uns escassos minutos depois, chegou uma ambulância, e eu apenas me afastei para o lado, dando-lhes espaço para fazerem o seu trabalho. Na verdade, eu não podia fazer absolutamente nada. Depois de colocarem a Mia na maca, com todo o cuidado, começaram a levá-la para o interior do veículo. Ouvia eles a falarem entre si, aquele baixo murmurio de vozes mas por mais que tentasse eu não percebia nada do que diziam. Odiava de morte aqueles termos médicos que eles passavam a vida a usar. Acabei por perguntar se podia ir juntamente com Mia, mas eles negaram o meu pedido. Tinha a certeza que apenas deixavam ir na ambulância com a Mia um familiar seu, mas optei por não referir que eu era um familiar dela. Isso só traria mais problemas, mais tarde, e eu dispensava isso. Já tinha percebido que o facto de sermos filhos da mesma mulher, não era algo bom e que devessemos andar por aí a exibir em frente a todo o mundo.
Assim que a ambulância partiu para o hospital, eu fui até à recepção do clube de equitação. Falei com a recepcionista e pedi-lhe então para cancelar todas as minhas aulas para aquele dia. Ignorei todos os seus protestos e disse-lhe para as marcar para a minha próxima folga. Nem ouvi a sua resposta, pois no instante seguinte, já eu estava no exterior daquele estabelecimento e a correr em direcção ao meu carro. Entrei no mesmo e depois conduzi para o hospital, para onde a Mia tinha sido levada. Só esperava que ao chegar lá, me dissessem como é que ela estava e também esperava poder vê-la.
Suspirei a saí de dentro do carro assim que estacionei no parque do hospital. Abandonei o mesmo e depois transpus as portas do hospital, dirigindo-me assim lá para dentro começando a passar por entre todas as pessoas que se encontravam ali dentro. A confusão e o barulho eram imensos, e eu esperava encontrar Mia, que já devia cá estar.
Assim que a ambulância partiu para o hospital, eu fui até à recepção do clube de equitação. Falei com a recepcionista e pedi-lhe então para cancelar todas as minhas aulas para aquele dia. Ignorei todos os seus protestos e disse-lhe para as marcar para a minha próxima folga. Nem ouvi a sua resposta, pois no instante seguinte, já eu estava no exterior daquele estabelecimento e a correr em direcção ao meu carro. Entrei no mesmo e depois conduzi para o hospital, para onde a Mia tinha sido levada. Só esperava que ao chegar lá, me dissessem como é que ela estava e também esperava poder vê-la.
Suspirei a saí de dentro do carro assim que estacionei no parque do hospital. Abandonei o mesmo e depois transpus as portas do hospital, dirigindo-me assim lá para dentro começando a passar por entre todas as pessoas que se encontravam ali dentro. A confusão e o barulho eram imensos, e eu esperava encontrar Mia, que já devia cá estar.
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