Rio

- Eu deixo. Desde que ela não caia. - encolhi os ombros.
Bati com os dedos no volante e abanei a cabeça.
- Não. Há livre circulação. Mesmo se não houvesse, quem é que vai reclamar com o presidente? - encolhi os ombros com um sorriso.
Quando chegamos ao rio, estacionei e ajudei Charlie e sair do carro.

- Então assim tudo bem. - encolhi os ombros.
Tranquei o carro, revirando os olhos.
- Simplesmente não há nada para reclamar. Também recebemos turistas na cidade, porque não receber pessoas das outras villas?! - fiz uma pequena careta e segurei Charlie pelo braço enquanto ela descia as escadas. - Não é para nadares, Charlie. - avisei desde logo e ela assentiu.

- Eu sei que sabes. - sorri-lhe levemente e passei por baixo da trave de madeira, descendo o monte até à beira rio. Sentei-me na margem do mesmo e passei uma mão pela água.
Charlie veio ter comigo a correr e sentou-se no meu colo, molhando as mãos na água.
- Vem, Alexa. - gritou.
- Respondendo à tua pergunta: sim, gostou. - sorri-lhe mais uma vez e agarrei na minha irmã para ela não cair.

Revirei os olhos e Charlie encarregou-se de lhe atirar com água, visto que eu estava com ambas as mãos a segurá-la, enquanto ela se debruçava sobre a margem.
- Vingança! - guinchou Charlotte.

- Para o mano não. - disse baixo para Charlotte. - Molha-a a ela que ela está a deixar-me todo molhado. - abanei a cabeça e Charlie levantou o olhar e virou-se para mim, rindo-se.
- Vais ficar doente, não vais? - perguntou preocupada.
- Estou bem. - encolhi os ombros. - Se ficar, tens que dizer que foi culpa da Alexa e tem que cuidar de mim. - gozei.

- Mas eu sou a única que estou a atirar água. - encolheu os ombros. - E se o meu mano estiver com calor, pode tirar a camisola. - fez uma careta e eu não consegui não me rir.
- A Alexa ficou esclarecida agora, Charlie. - gozei, batendo-lhe na perna sem força.

- Mas a roupa faz calor. - justificou, fazendo pequenas ondas na água com as mãos.
Senti Alexa a afastar-se, possivelmente devido à proximidade, mas não liguei, continuando a segurar a minha irmã que agora se mexia mais para brincar com a água.
- É o meu mano que me leva para a piscina.
- Resumindo: ela só se preocupa comigo. - brinquei.

- Eu não estou a dizer que quero que fiques doente. Não quero que o mano fique. - encolheu os ombros e parou de mexer na água, levantando-se.
Virei-me para Alexa.
- Não me mandas calar. - encolhi os ombros também com um sorriso.

Comecei a rir-me.
- Sim, claro. Vou mesmo aparecer em tua casa e dizer "a tua namorada ficou doente porque decidiu acedeu ao convite da minha irmã para irmos ao rio lá na minha villa". - gozei e olhei para baixo, para a minha camisola toda molhada.
Abanei a cabeça e tirei a mesma para tirar o excesso de água e depois voltei a vesti-la.

Olhei-a.
- Não digo que acreditaria nisso. Simplesmente ele não vai ser fã da ideia de teres estado connosco. Quer dizer, comigo. - encolhi os ombros. - E se eu aparecesse lá e ele se virasse contra mim, ficas só a saber que eu não ia ter pena nenhuma em dar cabo da cara dele. - disse desde logo. - Desculpa pela honestidade. - encolhi os ombros mais uma vez e olhei para a minha mãe, que estava a apanhar pedrinhas.

Fiz um sorriso falsamente inocente.
- Um rapaz ciumento é capaz de ir contra os seus princípios quando se sente ameaçado. E penso que uma rapariga também. - fiz uma pequena careta, continuando a olhar para Charlie, que agora atirava as pedras que apanhava para a água, o mais longe possível. - Pensei que tinha ficado claro que tu não querias a minha opinião. No entanto, a conversa está a ser levada para os lados do... outro. - encolhi os ombros. Não me lembrava do nome dele, mas também não estava interessado em saber, sinceramente. Era algo completamente indiferente.

- Disseste que eu lhe tinha que explicar, logo tu foste quem continuou o assunto. - encolhi os ombros despreocupadamente. - E ainda não percebeste que estou completamente indiferente ao nome dele? Não quero saber. Por mim até podia ter um nome igual ao do Papa, não é do meu interesse.
Estendi mais as pernas para me esticar um bocado.
- Charlotte, vê se tens cuidado. - avisei-a ao ver que ela se aproximava da margem. - Dá um passo atrás, vá. - depois de ela o ter feito, deitei-me para trás, continuando a olhá-la atentamente para ela não me desobedecer.