Pastelaria da Villa

Entrei na pastelaria com ele e ocupei uma mesa perto da janela, uma das minhas favoritas ali. Adorava ver o movimento da Vila, as pessoas a andarem na sua azafama diária de um lado para o outro. Deixava-me feliz!

Pede uma fatia de bolo de chocolate, um dos meus maiores pecados! Olhei para Danny depois de o empregado se afastar e pousei os meus cotovelos na mesa. - Porque é que és assim tão mal humorado idiota? - Questionei num tom calmo enquanto o avaliava.

- Estás comigo, não sou motivo suficiente para te meter de bom-humor? - Questionei enquanto me olhava com um ar sexy. - Oh, anda lá, deixa de ser rabugento, és pior que os velhos com Alzheimer. - Gozei.

- Deixa ser. Posso ser resmungona como elas mas potência sexual não me falta fofinho! - Pisquei-lhe o olho com um sorriso meio forçado e ajeitei o meu cabelo.

Revirei os olhos com o seu comentário e agarrei no garfo pousado junto ao bolo. - Não me digas que gostas de vaginas descaídas?! - Retorqui com sarcasmo na voz, metendo de seguida um pedaço de bolo à boca. Estava perfeito!

- Só podes estar a gozar comigo. - Quase me engasguei. Limpei os meus lábios e olhei-o meio aparvalhada. - Tu não ligas ao exterior? Só queres sexo Danny, todos os dias tens uma gaja nova para foderes. Estás a falar a sério?! - Argumentei. Ele era um mulherengo de primeira e eu já sabia daquilo há muitos. Nunca me envolvi com ele mas tenciono fazê-lo, não vou negar. Além disso também não o vou deixar-me comer e deitar fora como ele faz com todas.

- Que nojo. - Fiz uma careta repugnada e beberiquei do meu cappuccino. - Estou à espera que me leves para a cama à meses, não tarda crio raízes. - Avisei bastante directa. Eu era assim, o que tinha de dizer, dizia; fosse a quem fosse.

Toda eu por dentro estava irritada e por fora mais irritada ainda. Soquei-lhe o braço e cerrei o maxilar meio amuada também. - Quando quiseres vais às putas porque eu já não vou querer. - Rosnei e meti um bom pedaço de bolo à boca. Ele tinha uma lata!

- Até te dizia o que me enchia a boca. - Fiz uma certa "cara de peido" e revirei os olhos, acabando de comer o meu bolo. Chamei o empregado que veio rapidamente ter comigo e cheio de sorrisinhos e olhares, perguntou-me o que queria. Pedi-lhe mais uma fatia de bolo com um dos meus melhores sorrisos e ele lá foi buscar, todo contente com a vista privilegiada sobre o meu decote.

- Tenho garganta funda. - Pisquei-lhe o olho e recebi o meu prato. - E não te preocupes com o meu corpo, sou nova demais para ti. - Atirei irónica e comecei a comer a minha segunda fatia de bolo.

- Já viste o teu azar?! - Lamentei falsamente e bebi o que restava da minha bebida já quase fria. - Não engordo facilmente bebé, ficas a saber que tenho boa boca. - Avisei e terminei assim o meu bolo.

- Que comer demais idiota, se fosse isso elas diminuíam consoante eu diminuísse de peso. - Revirei os olhos com a sua estupidez mental. - São naturais, minhas desde os 18. - Acrescentei.