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Encostei-me ao seu carro, ao seu lado, assim como ele estava. - Desculpa. - pedi baixo. - Talvez tenha sido um bocado injusta contigo e pensar que tivesses más intenções comigo. - confessei de modo sério e sincero .

Fiquei um bocado surpreendido com o que ela disse. Não sabia se havia de continuar superior por mais um tempo, ou desistir já. Optei pela segunda, algo muito estranho para mim. Se calhar ela até tinha razão, no início as intenções eram outras. Mas isso mudou, e ela devia dar uma oportunidade às pessoas. - Pronto, vamos começar de novo, então - pedi, e sorri finalmente - Olá, sou o Jason - disse, sem incluir o meu apelido, e aproximei-me dela para lhe dar um aperto de mão - Peço desculpa pelo que te fiz ao carro, foi um acidente, mas a gente trata disto e eu arranjo maneira de te compensar - esclareci logo

Acabei por sorri quando ele se apresentou de novo. - Jullianne, ou Julli. - apresentei-me de novo ttambém sem saber muito bem o que fazer. Era estranho como ele tinha passado rapidamente de resmungão a simpático.

Instalou-se o silêncio por alguns segundos. Nesse tempo, observei os danos do choque dos garros - Olha - chamei-lhe a atenção, já que ela também parecia perdida nesse assunto - Não precisamos de levar grande assunto a isto, nem levar ao tribunal nem nada - pedi. Isso era pior para mim do que para ela. Até na Golden Villa as cusquices eram demasiado importantes para a população e depressa iam haver comentários sobre mim, e a minha arrogância para o homem não devia ter ajudado nesse aspecto - Eu pago-te o arranjo do carro, e ficamos quites. Pode ser? - foi o mesmo esquema que o café, e tinha corrido mal, mas quem sabe.

Olhei para ele quando voltou a falar, visto que a minha atenção estava virada para o meu carro. Assenti com a cabeça à sua pergunta. - Por mim, tudo bem, desde que cumpras com a tua parte. - avisei-o logo. Certamente iria cumprir, para não querer o seu nome manchado.

Aproximei-me mais uma vez do carro e abri a porta, procurando danos interiores, algo do tipo vidros partidos ou pedais que não funcionassem. Não encontrei nada - Não queres ver se isto anda? Se tiveres medo conduzo eu, e tu levas o meu carro - perguntei. A primeira coisa que tinha feito quando bati tinha sido olhar para a parte de trás do meu carro, que se encontrava perfeito, nada mais que uns riscos - uma pintura arranjava aquilo.

Olhei para o meu carro e fiz uma careta. - Estás a vontade, a chave está lá. - encolhi os ombros sem saber muito bem o que lhe dizer. Mas conduzir o dele, isso não ia acontecer de forma alguma!

Ainda tirei as chaves do meu carro do bolso mas pela sua cara percebi que não valia a pena. Fiz-lhe uma cara como quem diz "pronto, está bem" e peguei nas suas. Entrei no carro e liguei o motor. Custou, mas ligou. Não estava habituados a carros tão maus, e tão usados, mas decidi não me armar mais em superior. Já tinha tido lições que chegassem por uma tarde. Dei uma voltinha ao quarteirão com o carro e fartei-me. Parei novamente à sua frente e saí - Anda, segue-me, eu levo-te já a uma oficina e pomos já isto bonitinho - assegurei e, sem lhe dar tempo para responder, fui de novo para o meu carro e esperei que ela me desse um sinal para começar a andar.

Não tive sequer tempo de lhe responder visto que entrou logo dentro do carro e fechou a porta. Acabei por também entrar no meu e deixei-o passar à minha frente para o seguir até à tal oficina.
Encerrado.