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Ruas
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Re: Ruas
A minha mãe passou-se depois de ver o estado em que tinha chegado e rapidamente se apressou a tentar ajudar-me com as dores. As ervas dela deram algum resultado e até me ajudaram a dormir melhor, ao fim de dois dias já conseguia a andar, claro que mancava, mas pelo menos já não caía para o lado à mínima dor. Dei uma desculpa ao meu patrão, pai de Beatrice, por não ter ido trabalhar e ele não era assim tão mau quanto eu dizia porque nem pareceu se importar muito. Infelizmente isso só contribuiu para os males da minha mãe. Ela tinha perdido dias de trabalho, assim como eu, e mal havia dinheiro para pagar as despesas da casa. Como era óbvio, eu disse que ia fazer alguma coisa, só não disse o que era, mas também não valia a pena, quando menos ela soubesse melhor. Fui até à rua que me fora indicada, depois de telefonar a um "amigo" e esperei que aparecessem.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Ruas
Hoje era um daqueles dias em que me apetecia fazer tudo menos ficar em casa. Estava demasiado sol para isso. Por isso mesmo, logo depois de ter almoçado, sozinha, como sempre, fui vestir-me para sair de casa. Não ia muito longe, por isso, não valia a pena ir de carro. Enfiei os óculos de sol na cara, começando a sair daquela enorme quinta e depois de passar pelos portões fui caminhando sem destino. Não queria fazer compras nem ir a um sítio específico, queria apenas sair de casa e passear, apenas isso. Era nestes momentos, quando estava sozinha, que sentia mais a falta do meu irmão. Quando ele ainda vivia connosco, costumava obrigar-me a sair com ele, visto que na sua opinião, estar parado era sinónimo de morrer. Era essa uma das coisas das quais eu sentia mais falta, da sua vivacidade, da sua vontade de viver.
Eu não sei durante quanto tempo andei, mas assim que cheguei a umas ruas que não conhecia, estava a preparar-me para voltar para trás quando algo captou a minha atenção. Uma silhueta que me era conhecida. Semicerrei ligeiramente os olhos, começando a aproximar-me para tentar perceber melhor quem era, mas no preciso momento em que ia preparar-me para andar, duas outras silhuetas apareceram não sei de onde, fazendo-me esconder atrás de uns caixotes que estavam mesmo ao meu lado. A primeira silhueta que tinha avistado era Robb, agora tinha a certeza, mas as outras duas..Levantei ambas as sobrancelhas, assim que vi os dois homens estenderem umas caixas na direcção de Robb e aí já não foi preciso aproximar-me para perceber o que se estava a passar. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, para tentar controlar a vontade que tinha de os interromper, mas mantive-me quieta e calada atrás de um dos caixotes. Eu podia não andar metida nestes tipos de coisas, mas bastava olhar para aqueles homens para saber que eram perigosos. Só gostava de perceber porque é que Robb andava metido com eles, será que precisava assim tanto de dinheiro? Ou será que o fazia apenas por..não, era melhor para de supor, eu ia descobrir a razão assim que aqueles dois fossem embora e eu conseguisse ir ter com ele. Endireitei-me, assim que isso aconteceu, assim que eles viraram costas, e só esperei que desaparecessem do meu campo de visão, para sair de trás dos caixotes e correr na direcção de Robb, antes que este fosse embora. Parei à sua frente, impedindo-o de andar, e retirei os óculos da cara, pousando as mãos na cintura enquanto o olhava.
- O que é que se passou aqui? - perguntei, apontando logo de seguida com o queixo para a caixa que ele tinha nas mãos.- o que é isso Robb?
Eu não sei durante quanto tempo andei, mas assim que cheguei a umas ruas que não conhecia, estava a preparar-me para voltar para trás quando algo captou a minha atenção. Uma silhueta que me era conhecida. Semicerrei ligeiramente os olhos, começando a aproximar-me para tentar perceber melhor quem era, mas no preciso momento em que ia preparar-me para andar, duas outras silhuetas apareceram não sei de onde, fazendo-me esconder atrás de uns caixotes que estavam mesmo ao meu lado. A primeira silhueta que tinha avistado era Robb, agora tinha a certeza, mas as outras duas..Levantei ambas as sobrancelhas, assim que vi os dois homens estenderem umas caixas na direcção de Robb e aí já não foi preciso aproximar-me para perceber o que se estava a passar. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, para tentar controlar a vontade que tinha de os interromper, mas mantive-me quieta e calada atrás de um dos caixotes. Eu podia não andar metida nestes tipos de coisas, mas bastava olhar para aqueles homens para saber que eram perigosos. Só gostava de perceber porque é que Robb andava metido com eles, será que precisava assim tanto de dinheiro? Ou será que o fazia apenas por..não, era melhor para de supor, eu ia descobrir a razão assim que aqueles dois fossem embora e eu conseguisse ir ter com ele. Endireitei-me, assim que isso aconteceu, assim que eles viraram costas, e só esperei que desaparecessem do meu campo de visão, para sair de trás dos caixotes e correr na direcção de Robb, antes que este fosse embora. Parei à sua frente, impedindo-o de andar, e retirei os óculos da cara, pousando as mãos na cintura enquanto o olhava.
- O que é que se passou aqui? - perguntei, apontando logo de seguida com o queixo para a caixa que ele tinha nas mãos.- o que é isso Robb?
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Ruas
Pensava que vinha mais gente, mas apenas dois gajos vieram ter comigo, um era Patrick e outro era George. Raramente estava com eles, mas já tinha feito isto antes. Respirei fundo quando eles me deram uma caixa e mordi o interior lábio inferior com força. Ainda bem que tinha conseguido arranjar uma carrinha de um "amigo", porque uma caixa daquelas não passava despercebida e qualquer desconfiança eu ia ser apanhado e morto na prisão. - Espera aqui, nós vamos buscar os pacotes - mandou George entrando na casa atrás de mim. Sim, porque a caixa estava vazia, agora ia ter que encher com os pacotes e... senti o meu coração falhar uma batida quando ouvi uma voz conhecida e virei-me para Beatrice quando a vi mesmo ao meu lado - o que é que estás aqui a fazer? - perguntei num tom baixo - sai daqui já Beatrice - mandei num tom sério e olhei para trás, eles não iam demorar muito e se ela estivesse aqui quando eles aparecessem com a droga só ia acontecer uma coisa... - Não é nada - abanei a cabeça e abri a caixa - vês? Não é nada, vai embora, agora - murmurei entredentes, mas foi tarde demais porque George parou à entrada apanhado Bea ali connosco. - foge - mimei com os lábios.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Ruas
Se Robb pensava que eu me ia embora dali facilmente, estava muito enganado. Como é que ele tinha a lata de me falar mal por ter dinheiro, se agora o estava a tentar ganhar de forma ilegal? Ao menos o meu dinheiro era limpo. E além disso, será que ele não sabia o quão perigoso isto tudo era? E se tivesse sido outra pessoa a encontrá-lo que não eu? Ele queria ir preso, era isso? De certeza que na prisão ia conseguir ajudar muito menos a sua mãe do que o que conseguia estando em liberdade. Pela expressão que fez assim que me viu, era mais do que óbvio que não estava à espera de me ver ali, pois, acho que nisso estávamos iguais, porque a última coisa que eu esperava ao sair de casa, era encontrá-lo ali, a fazer o que quer que estivesse a fazer. Permaneci parada à sua frente, enquanto esperava que me respondesse e cheguei mesmo a ignorar a sua pergunta, só desviando o olhar da sua cara quando tive de olhar para a caixa vazia.
- Eu não me vou embora Robb.- disse, muito convicta, assim que ele tentou que eu o fizesse.- e se pensas que me enganas ao mostrar-me uma caixa vazia, estás muito enganado.- murmurei, cerrando ligeiramente o maxilar.- quem eram aqueles homens? - assim que acabei de falar um deles apareceu, vindo do nada, tal como à pouco, nem deixando que Robb respondesse à minha pergunta. Senti o meu corpo paralisar, à medida que o meu coração disparava numa corrida frenética dentro do meu peito, e por muito que a minha cabeça me gritasse para sair dali o mais depressa que conseguisse, eu não me mexi. Eu não o ia deixar ali sozinho. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, tentando manter uma expressão neutra e ignorei por completo uma outra tentativa falhada de Robb de me mandar embora. Eu não ia deixar que ele fizesse aquilo, não estava certo, e ele não era assim. Eu podia dar-lhe dinheiro, ele não precisava daquilo. Virei-me para o homem e, antes que ele tivesse tempo de dizer ou fazer fosse o que fosse, eu agarrei no meu telemóvel, apertando-o na minha mão para que ele conseguisse ver.- eu se fosse a ti dava meia volta e voltava para o sítio de onde vieste.- apesar de eu estar toda a tremer, ainda consegui que a minha voz saísse destemida.- vi o suficiente para te meter a ti e ao teu amigo atrás das grades.
- Eu não me vou embora Robb.- disse, muito convicta, assim que ele tentou que eu o fizesse.- e se pensas que me enganas ao mostrar-me uma caixa vazia, estás muito enganado.- murmurei, cerrando ligeiramente o maxilar.- quem eram aqueles homens? - assim que acabei de falar um deles apareceu, vindo do nada, tal como à pouco, nem deixando que Robb respondesse à minha pergunta. Senti o meu corpo paralisar, à medida que o meu coração disparava numa corrida frenética dentro do meu peito, e por muito que a minha cabeça me gritasse para sair dali o mais depressa que conseguisse, eu não me mexi. Eu não o ia deixar ali sozinho. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, tentando manter uma expressão neutra e ignorei por completo uma outra tentativa falhada de Robb de me mandar embora. Eu não ia deixar que ele fizesse aquilo, não estava certo, e ele não era assim. Eu podia dar-lhe dinheiro, ele não precisava daquilo. Virei-me para o homem e, antes que ele tivesse tempo de dizer ou fazer fosse o que fosse, eu agarrei no meu telemóvel, apertando-o na minha mão para que ele conseguisse ver.- eu se fosse a ti dava meia volta e voltava para o sítio de onde vieste.- apesar de eu estar toda a tremer, ainda consegui que a minha voz saísse destemida.- vi o suficiente para te meter a ti e ao teu amigo atrás das grades.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Ruas
Ela estava louca, ou melhor, ela era louca e devia achar que tinha muita coragem, mas tudo o que tinha era burrice, eles iam mata-la se a vissem ali a confrontar-me. Aliás, George viu e estava a tentar perceber se era minha amiga ou se tinha visto alguma coisa. Aproximei-me de Bea e ele fez o mesmo com uma navalha numa das mãos. Engoli em seco e ia começar a dizer que ela era apenas uma amiga que me ia ajudar e que me tinha esquecido de mencionar, mas a burra começou logo a provoca-los. Patrick também apareceu à porta - quem é esta? - perguntou-me ele e já não pude encobri-la e dizer que era minha amiga por causa da sua estupidez.
-Cala-te, tu não viste nada, a caixa está vazia - gritei-lhe irritado e nervoso. Eu só queria a merda do dinheiro e agora, se eu disse alguma coisa que pudesse mostrar que a conhecia, para além dela estar morta, eu estava morto.
-Conhece-la? - perguntou-me George.
-Não - respondi de imediato olhando para Bea. - ela é louca - Patrick pareceu descansado, descansado até demais, pousou o produto no chão ao meu lado e George fez o mesmo.
-Ainda bem - comentou George sacando, de novo, da navalha e espetando-a na barriga de Bea e mandando-a ao chão.
-O.. - eles simplesmente viraram as costas. Como eu, supostamente, não a conhecia pensavam que eu não me ia importar. Mas eles não me conheciam, nem que eu não a conhecesse eu ia sempre importar-me. Olhei para eles que já estavam a virar a esquina e caí ao lado dela agarrando-lhe na cabeça. - Sua estúpida - murmurei pressionando a ferida, olhando em volta à procura da navalha. - Não sabes estar calada? - perguntei-lhe, sabendo que não a devia estar a acusa-la agora. Mas ela estava a morrer e, parcialmente, a culpa era minha.
-Cala-te, tu não viste nada, a caixa está vazia - gritei-lhe irritado e nervoso. Eu só queria a merda do dinheiro e agora, se eu disse alguma coisa que pudesse mostrar que a conhecia, para além dela estar morta, eu estava morto.
-Conhece-la? - perguntou-me George.
-Não - respondi de imediato olhando para Bea. - ela é louca - Patrick pareceu descansado, descansado até demais, pousou o produto no chão ao meu lado e George fez o mesmo.
-Ainda bem - comentou George sacando, de novo, da navalha e espetando-a na barriga de Bea e mandando-a ao chão.
-O.. - eles simplesmente viraram as costas. Como eu, supostamente, não a conhecia pensavam que eu não me ia importar. Mas eles não me conheciam, nem que eu não a conhecesse eu ia sempre importar-me. Olhei para eles que já estavam a virar a esquina e caí ao lado dela agarrando-lhe na cabeça. - Sua estúpida - murmurei pressionando a ferida, olhando em volta à procura da navalha. - Não sabes estar calada? - perguntei-lhe, sabendo que não a devia estar a acusa-la agora. Mas ela estava a morrer e, parcialmente, a culpa era minha.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Ruas
Se ao princípio eu estava a tentar a todo o custo disfarçar o medo que sentia, essa tentativa acabou por sair falhada, mal vi a navalha que o homem segurava numa das suas mãos. Agora, mesmo que quisesse, já me era impossível sair dali. E a verdade era que, mesmo que fossem enormes as probabilidades de eu não sair dali viva, eu também não me ia embora. Não ia deixar que Robb fizesse aquilo, não ia deixar que ele se metesse com aquele tipo de gente, que estava mais do que provado não serem de confiança. Sim, porque não era só a mim que eles poderiam matar. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força, sentindo todo o meu corpo tremer de cada vez que a navalha que ele segurava ficava dentro do meu campo de visão e estava a preparar-me para falar de novo quando o ouvi perguntar a Robb se me conhecia e, sabe-se lá porquê, a sua resposta foi negativa. A sério? Ele ia deixar-me ali, à mercê deles? Ele odiava-me a esse ponto?
- Eu não estou louca! - tentei não gritar, para não dar razão às suas palavras, e olhei-o por cima do ombro.- e não mintas, tu..- e bastou esse meu desviar de olhar para que tudo acontecesse. Não me lembro bem de como tudo aconteceu, só me lembro da sensação de algo gelado perfurar-me o corpo, o que fez com que dos meus lábios brotasse um grito agonizante. Arregalei os olhos, levando de imediato as mãos até à minha barriga, com as lágrimas já a escorrerem-me pelos olhos, devido ao pânico que sentia, mas de pouco me serviu. As minhas pernas ficaram imediatamente bambas e o meu corpo tombou no chão. Não sei se foi por ter batido com a cabeça assim que caí, ou por estar mesmo a morrer, mas apesar de conseguir ouvir vozes à minha volta, os meus olhos começaram a fechar-se. Quem diria que eu tinha saído de casa para agora estar ali, estendida no meio do chão, quase a morrer? Quando as vozes deixaram de ecoar na minha cabeça, eu pensei que já estava morta, e o mais provável era estar morta e sozinha, mas houve uma voz, bem lá no fundo, que me fez acordar durante breves instantes. Era Robb. Abri os olhos devagarinho, sentindo a minha boca ser inundada por algo molhado e com um sabor bastante desagradável.- Robb..- murmurei, tendo de tossir logo de seguida, mas isso só fez com que as dores se agravassem e o meu corpo ficasse ainda mais fraco, o que levou os meus olhos a fecharem-se de novo.
- Eu não estou louca! - tentei não gritar, para não dar razão às suas palavras, e olhei-o por cima do ombro.- e não mintas, tu..- e bastou esse meu desviar de olhar para que tudo acontecesse. Não me lembro bem de como tudo aconteceu, só me lembro da sensação de algo gelado perfurar-me o corpo, o que fez com que dos meus lábios brotasse um grito agonizante. Arregalei os olhos, levando de imediato as mãos até à minha barriga, com as lágrimas já a escorrerem-me pelos olhos, devido ao pânico que sentia, mas de pouco me serviu. As minhas pernas ficaram imediatamente bambas e o meu corpo tombou no chão. Não sei se foi por ter batido com a cabeça assim que caí, ou por estar mesmo a morrer, mas apesar de conseguir ouvir vozes à minha volta, os meus olhos começaram a fechar-se. Quem diria que eu tinha saído de casa para agora estar ali, estendida no meio do chão, quase a morrer? Quando as vozes deixaram de ecoar na minha cabeça, eu pensei que já estava morta, e o mais provável era estar morta e sozinha, mas houve uma voz, bem lá no fundo, que me fez acordar durante breves instantes. Era Robb. Abri os olhos devagarinho, sentindo a minha boca ser inundada por algo molhado e com um sabor bastante desagradável.- Robb..- murmurei, tendo de tossir logo de seguida, mas isso só fez com que as dores se agravassem e o meu corpo ficasse ainda mais fraco, o que levou os meus olhos a fecharem-se de novo.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Ruas
Olhei-a vendo os seus olhos fecharem-se por completo depois de dizer o meu nome e abanei a cabeça começando a abanar também o seu corpo, enquanto tentava compreender o seu telemóvel. - Acorda - gritei-lhe - Vou matar-te depois de acordares - continuei no mesmo tom para ver se assim era mais fácil dela despertar - Beatrice! - nesse momento o serviço de emergência atendeu do outro lado fazendo-me começar por dizer onde estava. Assim que ela me perguntou o que tinha acontecido eu comecei e não me calei: - ela foi esfaqueada e está inconsciente, ou não, ou praticamente, apenas venham rápido - gritei para o telemóvel e a mulher pediu para eu manter a calma e para explicar mais detalhes, mas se eu continuasse ali eu não ia continuar a pressionar a ferida, como sabia que devia, por isso desliguei a chamada mandando o telemóvel não sei bem para onde e engoli em seco. - não morras está bem? - perguntei baixinho enquanto lhe pressionava a barriga na zona do ferimento observando a minha mão ficar repleta de sangue.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Ruas
Eu estava a morrer. E por muito que tentasse manter os meus olhos abertos, não tinha forças suficientes para isso. Ainda que conseguisse ouvir os gritos de Robb e ainda que lhe quisesse dizer que estava tudo bem, que ia ficar tudo bem, tanto os meus olhos como a minha boca estavam demasiado fechados e pesados para que eu conseguisse abrir qualquer um dos dois. Eu não queria morrer, ainda que duvidasse que alguém fosse dar pela minha falta, mas quanto mais me deixava ir, mais as dores que sentia iam desaparecendo. Por isso mesmo, ao fim de alguns minutos, e mesmo depois de ouvir as súplicas de Robb, que estavam bastante distorcidas na minha cabeça, eu deixei-me ir por completo, sentindo o meu corpo ficar cada vez mais leve até as dores desaparecerem por completo.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Ruas
-Vá lá - murmurei passando os dedos pelo seu cabelo e limpando-lhe o sangue que tinha no queixo. Levantei a cabeça quando comecei a ouvir a sirene da ambulância e olhei para todos os lados esperando que ela viesse dar com o sítio onde estávamos que era bastante estreito e com um caminho sinuoso. - Aqui - gritei esticando uma mão para os homens que iam dentro da ambulância me vissem e assim que repararam saíram o mais rápido que conseguiram e mobilizaram o corpo de Bea numa espécie de tábua amarela - ela está viva? - perguntei. Ela nunca mais tinha dito ou tentando dizer nada, nem os olhos tinha aberto.
-Como é que ela se chama? - perguntou-me um dos paramédicos.
-Beatrice - levantei-me vendo-o preencher uma ficha.
-Idade? - comecei a responder a um monte de perguntas mas eu não sabia muito, por isso pouco ajudei. Um dos paramédicos olhou para mim e para a droga que estava atrás de nós. Tentei não dar muito nas vistas e olhei para ele. - É seu?
-Não, eu só estava a passear e dois homens fizeram-lhe isto - estava a mentir, mas o facto da droga não ser minha era verdade. - Ela vai ficar bem? - perguntei.
-Veremos. - engoli em seco com aquela resposta e fui na ambulância com ela, não a ia deixar sozinha por causa de algo que tinha causado.
-Como é que ela se chama? - perguntou-me um dos paramédicos.
-Beatrice - levantei-me vendo-o preencher uma ficha.
-Idade? - comecei a responder a um monte de perguntas mas eu não sabia muito, por isso pouco ajudei. Um dos paramédicos olhou para mim e para a droga que estava atrás de nós. Tentei não dar muito nas vistas e olhei para ele. - É seu?
-Não, eu só estava a passear e dois homens fizeram-lhe isto - estava a mentir, mas o facto da droga não ser minha era verdade. - Ela vai ficar bem? - perguntei.
-Veremos. - engoli em seco com aquela resposta e fui na ambulância com ela, não a ia deixar sozinha por causa de algo que tinha causado.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Ruas
*Beazinha off*
Depois da sua tentativa falhada de se manter acordada e chamar por Robb, Beatrice nunca mais deu sinais de vida. Por enquanto ainda estava viva, mas nada garantia que assim o continuasse. O corte tinha sido demasiado fundo e tendo em conta a quantidade que sangue que já tinha perdido...estava fraca, muito fraca. Depois de a colocarem dentro da ambulância e depois de Robb entrar também, o veículo arrancou em direcção ao hospital, enquanto alguns dos paramédicos que lá estavam tentavam reanimá-la a todo o custo. Estavam a fazer tudo o que podiam, mas o seu estado era crítico e por muito que tentassem, Bea não respondia a nenhum dos estímulos que lhe eram feitos. Assim que ambulância parou, indicando a todos que já chegara ao hospital, as portas da mesma foram abertas e os paramédicos não hesitaram um único segundo em tirá-la de dentro da mesma, conduzindo depois a sua maca, a um passo apressado, para dentro do hospital. Robb seguia-os, mas assim que chegaram à porta que dava acesso à zona das operações, ele foi impedido, por um dos paramédicos, de prosseguir, sendo-lhe pedido que aguardasse ali, até que alguém lhe traria notícias.
Depois da sua tentativa falhada de se manter acordada e chamar por Robb, Beatrice nunca mais deu sinais de vida. Por enquanto ainda estava viva, mas nada garantia que assim o continuasse. O corte tinha sido demasiado fundo e tendo em conta a quantidade que sangue que já tinha perdido...estava fraca, muito fraca. Depois de a colocarem dentro da ambulância e depois de Robb entrar também, o veículo arrancou em direcção ao hospital, enquanto alguns dos paramédicos que lá estavam tentavam reanimá-la a todo o custo. Estavam a fazer tudo o que podiam, mas o seu estado era crítico e por muito que tentassem, Bea não respondia a nenhum dos estímulos que lhe eram feitos. Assim que ambulância parou, indicando a todos que já chegara ao hospital, as portas da mesma foram abertas e os paramédicos não hesitaram um único segundo em tirá-la de dentro da mesma, conduzindo depois a sua maca, a um passo apressado, para dentro do hospital. Robb seguia-os, mas assim que chegaram à porta que dava acesso à zona das operações, ele foi impedido, por um dos paramédicos, de prosseguir, sendo-lhe pedido que aguardasse ali, até que alguém lhe traria notícias.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
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