Quarto do Will

- Não vou testar-te, vejo bem no teu olhar que estás a fazer uma ameaça a sério - e um ataque de cócegas não era algo que viesse bem, o meu corpo estava tenso novamente.

Acabei por me rir e beijei o seu pescoço. O meu corpo começou a reagir ao seu. - Queres descansar, ou...?!

- Para ti estou sempre pronta - sorri. Já estava um pouco cansada mas a promessa do prazer que ele me dava fazia vir ao de cima alguma das minhas energia. - uma última ronda...?- perguntei, de sobrolho erguido.

- Uma última ronda. - repeti e beijei-a com carinho e desejo. O meu membro estava pronto para ela. Encaixei-me rapidamente e penetrei-a.

William não perdia tempo e eu também não. Mordi o meu lábio assim que me senti preenchida por ele e movimentei-me contra o seu corpo.

Aumentei as investidas. As minhas mãos pressionaram a sua cintura, vincando-lhes uma pequena marca. Mordisquei o seu queixo.

Acho que era impossível estarmos mais fundidos um no outro. A distância entre os nossos corpos era minima. Pendi a minha cabeça para trás, assoberbada por tudo.

A minha boca apoderou-se do seu pescoço. Rocei as mãos por todo o seu corpo, deliciando-me com a sua pele. Num movimento brusco, virei-nos.

Quando ele nos mudou de posição, eu sabia perfeitamente o que tinha a fazer. Pousei as minhas mãos no seu abdomen, apenas para criar algum equilíbrio e movimentei-me com ritmo.

Agarrei-me firmemente às suas ancas, para a tentar ajudar com os movimentos. Enquanto isso, fui acariciando com uma das minhas mãos o seu corpo.

Eu gostava daquilo, gostava de comandar um bocadinho, sem bem que era ele quem ainda detinha o controlo. Movimentei-me, tentando ser mais rápida. Não queria atingir o orgasmo antes dele. Ia resistir.

O meu corpo estava no limite. No entanto, continuei a provocá-la. Arrastei a minha língua por todo o seu peito, mordiscando-o e chupando. Acabei por a marcar, de baixo de uma das suas costelas.

Ele estava a tornar tão dificil conter o orgasmo. O meu corpo tremelicava por todo o lado, eu estava quase a perder-me - Will... vem comigo - pedi, num gemido, não aguentando muito mais.

Antes de atingirmos juntos o orgasmo, virei-nos, ficando novamente por cima de si e penetrei-a com força. Ao mesmo tempo, juntei os nossos lábios.

Foi o momento mais arrebatador da noite. Por momentos deixei de respirar. Beijei-o com afinco, envolvendo os eu rosto nas minhas mãos. - hum...

Abracei-a com força e puxei-a contra mim. Beijei o topo da sua cabeça. - Ah.. minha pequena. Descansa agora.

Enrosquei-me ao corpo dele, bem como gostava de fazer - adoro...- não disse mais. Acabei por fechar os olhos e caí no sono instantaneamente.

Deixei-a dormir. Mais tarde, voltei à cozinha, constatando que Aixa não dormira em casa. Suspirei. Também não atendia o telefone. Quando voltei para a cama, era quase quatro da manhã. Tive que fazer força, para adormecer.

Eu às vezes acordava a meio da noite. Naquela noite isso aconteceu e dei com Will acorado e uma expressão claramente preocupada. Eu até adivinhava - Ela ainda não voltou? - perguntei num tom sonolento.

Olhei para Maya, surpreso por a vir acordado. Acenei a cabeça, sem dizer uma palavra. Aixa ainda não tinha voltado. Não era seu fazer uma coisa daquelas. Ainda para mais quando era o seu aniversário.

Passei a minha mão pelo seu peito - Tem calma Will... É o décimo oitavo aniversário dela, é suposto ser louco. Ainda deve estar numa discoteca ou a caminho de casa. Certamente está bem. - Voltei a adormecer.

Eu não conseguia estar calmo quando a minha irmã mais nova estava sei lá eu aonde. Ainda para mais, as palavras de Maya de nada tinham tranquilizado. Levantei-me e pela primeira vez em muito tempo, peguei num maço de tabaco e levei-o comigo até à parte de trás.

Eu estava de rastos, sem energia por causa de tanto sexo mas ainda assim acordei cedo. Estava preocupada com Will e com Aixa.

Escusado será dizer que aquela conversa tornou-se uma grande discussão. No entanto, Aixa desculpou-se pelo seu comportamento. Tinha passado o aniversário na casa de uma amiga e estavam tão entretidas que esquecera-se completamente de me avisar. Segundo ela, não voltaria a acontecer.
Antes que pudesse falar sobre Maya, Aixa pegou na sua mala de treino e desculpou-se, dizendo que tinha que treinar. Suspirei. Não me restava mais nada, se não, ter que aceitar e ir trabalhar.

Eu queria que Maya passasse a noite comigo, não a ia deixar embora. E por isso, tinha ficado imenso tempo a tentá-la convencer para ficar. A minha mão agarrava o seu pulso, impedindo-a de a deixar ir. - A minha cama é espaçosa, tu já dormiste cá uma vez e a Aixa finalmente aprova-nos..