Quarto da Aixa

- O mundo está cheio de pessoas más - Eu testemunhara isso durante a guerra. Mal ela fazia ideia. - Achas que se desistires elas vão parar de te chatear? Não.

Suspirei. E mais uma vez, Trevor tinha razão em tudo o que dizia. - Não. - repeti quase num murmúrio.

eu já posto com o Will..

- Então enfrentas-as e mostras que és superior. E vais continuar a fazer as minhas aulas - Rematei olhando-a de forma séria com os braços cruzados ao peito. 

no prob

Fiz um sorriso torto. Eu não gostava de me mostrar superior a ninguém. Mas ele estava-me a convencer a fazê-lo. - Está bem, eu vou continuar a ir às tuas aulas.

Fiquei satisfeito e vitorioso por ouvir aquilo. - Sempre que precisares de diminuir o ritmo nas aulas, fá-lo. Não vale a pena desgastares-te em dores, sim? - Não favorecia ninguém nas minhas aulas ma agora que estava ciente do seu problema, não o ia ignorar.

- Eu lido com este problema desde os meus dez anos Trevor, posso aguentar bem o teu ritmo de aulas. - sorri abertamente. Não iria ser uma estúpida dor que me impediria de dançar. - Mas obrigada na mesma.

- Vê apenas se no fim da época não estás de rastos - Havia lesões que se podiam agravar. Eu tinha muito cuidado com a minha. - Agora... o Diretor quer falar contigo o quanto antes. Amanhã aparece. 

- Eu sei cuidar de mim.. - fiz uma careta e olhei-o por momentos. - Ou pelo menos, em parte. - cocei o couro cabeludo. - Isso.. - eu ainda estava meio que reticente em ir falar com o director. Esperava que ele fizesse mesmo, alguma coisa, quanto àquele assunto.

Não ia voltar a duvidar disso, apesar de não ter cem por cento de certeza se assim seria. - Ele está inclinado a punir as raparigas desde que confirmes aquilo que eu disse. - disse e levantei-me - Vemos-nos amanhã.

- Tudo bem, eu vou.. - eu também me levantei, para o ir acompanhar à porta. - Vemo-nos amanhã.

Não precisava que ela me acompanhasse à porta mas assim foi. Não nos despedimos grande coisas. Disse-lhe apenas adeus e saí.

encerrado.

Já não bastava ter ficado de mau humor por culpa de Trevor, ainda tive que ouvir e discutir com o meu irmão. Tranquei-me no meu quarto, chateada com tudo à minha volta. Só me restava Maya. Liguei o telemovel e mandei-lhe uma sms para se encontrar comigo amanhã.

Estava demasiado ansiosa. Queria começar já a planear o que ia levar, o que ia deixar para tras, tudo. Dei por mim a procurar a medalhinha que trazia sempre ao peito com as fotos dos meus. Só depois me lembrei que a tinha esquecido em casa de Trevor. Amanhã passaria por sua casa para a ir buscar.

Talvez tivesse sido melhor nunca ter-me enrolado com Trevor. Eu devia ter o mínino de cabeça para saber que ia acabar por sair dali magoada, mesmo que fosse apenas sexo. Naquele momento, todos os pensamentos que tive para desistir da bolsa, desapareceram.

Tentar não pensar em Trevor, era algo que eu fazera nas últimas duas semanas. Foquei-me em estar pronta e apta para encarar um novo desafio da minha vida. Foquei-me na dança, no meu único objetivo de vida, na única coisa que me fazia feliz.

Não havia nada mais estranho do que ter sexo ali, pensava eu. Puxei-o para um beijo e dirigimos-nos até à cama. Acabei por desapertar o cinto das suas calças.

Nunca antes mantivera relações com alguém com uma diferença de idades como eu tinha com Aixa. Era estranho estar ali, na sua casa, no seu quarto, em vias de o fazer.
Mas não me importei. Ajudei-a a tirar-me o cinto. Depois abri o fecho das mesmas enquanto a beijava.

Acomodei-me melhor em baixo dele. Baixei as suas calças com a sua ajuda e logo a seguir os seus boxers. Mordisquei-lhe o lábio.

Sorri maliciosamente. Tirei-lhe a única lingerie que anda lhe cobria o corpo, as cuecas. Então ficámos os dois nus e não havia já quaisquer barreiras. Contudo não investi logo. Gostava dos preliminares com ela. Levei a minha mão até à sua intimidade e acariciei-a.

Eu estava pronta, eu estava ansiosa por o voltar a ter dentro de mim. Então senti o seu toque naquela minha área tão sensível. Gemi roucamente.

Aquele som ficava gravado na minha cabeça sempre que ela o fazia. Apenas me incentiva a ir mais longe. Enterrei dois dedos dentro dela.

Arqueei o corpo e gemi. Os meus olhos encontraram os seus e mordi o lábio. Incentivei-o a continuar até me sentir ofegante. O meu interior pedia por ele.

Ela era uma mulher tremendamente erótica, mas com um toque de inocência que ainda se revelava por vezes. Deixava-me louco. Não aguentei e, por fim, penetrei-a.

Soltei um suspiro quando finalmente fui penetrada. Entrelacei as pernas aos seus quadris e procurei rapidamente os seus lábios.

A intensidade dos nossos beijos reflectiam a intensidade de tudo o resto. Os nossos corpos unidos como um só a um ritmo veloz. Tão bom. Agarrei-a com firmeza para conseguir estar o mais dentro que podia.