Exterior

A expressão na cara dele revelou-me que ela não estava confortável com o assunto. Isso era sempre mau sinal. O meu instinto estava certo, final de contas. Quando as palavras lhe saíram da boca, fiquei atónita. Nem sabia o que pensar. - Percebo... -Disse passados uns minutos. Mas na realidade não percebia, nem entendia nem compreendia - Exigiste um teste de paternidade?  - Questionei. A minha mente começou a andar à roda.

A imagem do rapazinho veio-me à mente. Eu já vira fotos de Will em criança. Mordi o lábio e contive-me. Interiormente, estava a ruir. Toda a minha insegurança veio à tona. Aquele miúdo podia ser filho dele, provavelmente era-o. E a mãe do miúdo era bastante mais bonita. Já para não dizer saudável. Provavelmente não estava a morrer com cancro. Nem era careca...nem infértil, como eu talvez pudesse ficar. A ideia de que talvez pudesse nunca dar um filho a Will tornou-se insuportável naquele momento. - Eu tenho de me ir embora. - Disse muito rapidamente, sem o encarar. Levantei-me e vesti o meu casaco. Não conseguia estar ali. Sentia-me a mais. Desnecessária. Inútil.