Quarto do Evan

Ri-me puxando-a para perto de mim com o meu braço bom. Beijei-lhe a testa com um suspiro e fiquei de olhos fechados - tinha saudades de estar assim contigo - murmurei com um suspiro.

Fechei os olhos.
- Se calhar é tudo a tua imaginação a criar uma imagem minha. - disse baixinho.

Abri os olhos meio alarmado mas logo encolhi os ombros, fazendo, de seguida, uma careta - não, é bem real, acredita, não sentia dor se estivesse a sonhar - murmurei roçando os lábios na sua bochecha.

Sorri levemente.
- Talvez. - concordei e aninhei-me contra ele, tendo cuidado com o seu braço.

Encostei a minha cabeça à sua testa, fechando os olhos e dando festinhas pelo seu pescoço e ombros com os dedos do braço bom. - obrigado por ficares - murmurei pronto para voltar a dormir, que era tudo o que me dava para fazer, mal tomava a medicação.

Sorri.
- De nada. Farias o mesmo. - disse, acreditanto mesmo no que dizia. - Dorme.

Dei-lhe um beijinho na bochecha, que era onde os meus lábios chegavam mais rápido e encostei-a mesmo a mim, para saber que não estava mesmo a sonhar, como ela dizia. - Eu vou - assenti já com a bebedeira do sono e adormeci pouco depois.

Fiz-lhe festinhas no tronco enquanto ouvia a sua respiração a acalmar e acabei por adormecer também.

Acordei na mesma posição, mas ligeiramente mais torcido. E porquê? Porque, como seria de prever, o meu irmão estava a tentar ficar metido no nosso meio. Olhei-o, adormecido e abanei a cabeça, esfregando os olhos ainda meio ensonado. Sorri por saber que não era mesmo um sonho e dei-lhe um beijinho na testa.

Acordei pela manhã e Evan já estava acordado e Dean estava no nosso meio.
- Bom dia. - disse baixinho.

-Bom dia - sorri olhando para Dean e revirei os olhos - devíamos ter fechado a porta - murmurei dando-lhe festinhas com o meu braço mau, que já não doía tanto como ontem.

Abanei a cabeça.
- Não faz mal. Nem dou conta de ele vir para aqui. - ri-me baixinho.

Sorri tocando-lhe na bochecha com o braço bom e beijei-lhe o queixo, encostando a minha testa à sua cara. - eu amo-te - murmurei baixinho nem dando conta que era a primeira vez que o dizia em voz alta e diretamente - desculpa tudo o que fiz nestes últimas semanas.

Senti o ritmo do meu coração aumentar e fiquei sem ar por momentos.
- Eu também te amo, Evan. - disse baixinho e fiz-lhe festinhas no cabelo.

Sorri ligeiramente ao ouvi-la dizer que também me amava e senti-me acalmar um bocadinho. Encostei a minha testa ao seu queixo e abracei-a. Sabia que ainda não a tinha reconquistado só com isto, mas precisava que ela soubesse.

Fechei os olhos por momentos.
- Vou ter que ir a casa. - suspirei baixinho.

Abri os olhos ao ouvi-la dizer que ia ter a casa e dei-lhe um beijinho na bochecha. - Está bem, eu fico bem com o Dean - passei os dedos pelo seu cabelo e antes que ela fosse voltei a olha-la - vais voltar?

Sorri.
- Queres que volte? - mordisquei o lábio inferior.

Assenti à sua pergunta juntando as sobrancelhas, porque era óbvio. Beijei-lhe a bochecha tentando começar a sentar-me e encostei as costas às almofadas - não posso fazer nada, acho que só amanhã é que tenho coragem de me levantar sozinho.

Sorri.
- Então eu vou voltar e trazer algumas coisas para fazermos, sim?

Assenti positivamente com a cabeça e olhei para a camisola que ela tinha vestida - podes leva-la para não teres saudades dela - brinquei com um sorriso maroto.

Ri-me.
- Faz-te sentir que não vou olhar para outros pelo caminho? - gozei com ele e peguei na minha roupa, trocando rapidamente de calças e calçando-me.

Sorri assentindo positivamente à sua pergunta - é isso tudo - brinquei agarrando em Dean com o braço bom quando se contorceu com um sonho - vai lá, mas volta rápido - pedi.

Ri-me baixo e pousei as suas calças, pegando nas minhas coisas.
- Até já. - disse e saí de sua casa. Fui até à minha para tomar banho e mudar de roupa e depois peguei no meu portátil, num baralho de cartas e na guitarra e voltei para sua casa, parando pelo caminho para trazer cupcakes para todos.

Pouco depois de Sky ter ido embora o meu irmão acordou com um humor horrível, mas la eu o consegui acalmar quando o mandei ir desenhar para o quarto que eu ja la ia ter, so precisava de coragem para me levantar.