Praia

Da parte da tarde como tínhamos combinado lá fomos para a praia. Adorava mesmo ficar durante horas deitada ao sol e dar uns bons mergulhos. Não era mesmo à toa que tinha um bronze assim tão perfeito. Estendi a minha toalha e tirei o meu vestido branco rendado, ajeitando depois o meu biquíni.

O meu humor já estava bem melhor agora. Estiquei a minha toalha e tirei a minha t-shirt, ficando assim apenas de calções. Coloquei os meus óculos de sol e deitei-me. O que me apetecia agora, era fazer uma cesta.

Agarrei no meu protector solar em spray e espalhei-o pelo meu corpo, deitando-me no fim sobre a minha toalha. Ajeitei os meus óculos de sol e retirei o meu livro da mala, metendo-me a ler.

Fiz uma careta. Como sempre, as mulheres e as suas mariquisses. Eu, como homem, macho e senhor de mim mesmo, não precisaria de usar esses produtos. Afinal, na antiguidade, eles não usavam nada dessas porcarias. Acabei por adormecer.

Olhei para Danny de soslaio quando o ouvi ressonar e peguei no meu spray, espalhando-lhe aquilo pelo peito para que ele não apanhasse um escaldão e não ficasse como um tomate frito ao sol.

Eu tinha um sono meio leve e assim que senti uma coisa viscosa no meu corpo, acordei logo. Afastei-me de Devin e fiz uma careta. - Blhac.. não quero disto.

- Vais ficar vermelho com um pimento seu parvo. - Revirei os olhos e puxei-o para mim. - Deixa-me meter-te. - Pedinchei num tom mimado, deitando o meu peito sobre o seu para que ele não fugisse.

Como é que eu ia resistir, tendo-a tão perto de mim? Era este o efeito que uma mulher bonita tinha em mim. Suspirei e acenei com a cabeça. Acabei por me sentar. - Está bem, mas não metas muito. Não quero ficar pegajoso e cheio disso.

- Isto é em spray nem precisas e espalhar. É quase como desodorizante em spray. - Ri-me e espalhei-lhe um bocado daquilo pelas costas, ombros e pernas. - Já está mister resmungão. - Dei-lhe um beijo na bochecha e voltei a guardar a embalagem.

Fiz um sorriso torto com o seu beijo. - Não interessa, eu não gosto. Unf.. - aproveitei que ela estava distraída com o spray e rodeei-a pela cintura. Encostei o meu queixo no seu ombro e puxei-a contra mim.

Deixei-me ir contra o seu corpo e sorri com a proximidade das nossas bocas. - Perdeste algo por estes lados? - Procurei saber com um sorriso meio travesso e curioso.

A minha vontade era sem dúvida que tocar-lhe em certas partes do corpo, mas não ia ser abusador. Ainda para mais, estavam ali mais pessoas. (Não que isto fosse um factor para não o fazer). Fiz uma careta. - Nop.. - deitei-me e levei-a comigo. - Qualquer dia, além de mamalhuda, ficas preta. E aí vou-te chamar de preta mamalhuda.

Ri-me com a sua piadinha e pousei os meus braços sobre o seu peito. - Preta porquê? - Questionei curiosa, olhando-o por detrás dos meus óculos escuros.

- Porque se calhar ias ficar preta.. ou se preferires, torrada, chamuscada. - fiz uma careta. Por uns momentos, peguei no meu telemóvel e confirmei se não tinha nenhuma mensagem.

- Sou assim mesmo desde pequena. Morena! - Sorri e mordi-lhe o queixo devagar, olhando-o. - Tu é que pareces um macaquinho cubano. - Gozei-o de forma carinhosa como já muitas vezes o fazia. Chamar-lhe "macaquinho" era um dos meus passatempos favoritos.

Fiz uma careta e beijei o topo da sua cabeça.
- Macaquinho cubano não.. - ri-me. - Macaquinho mexicano!

- Não é bem a mesma coisa. - eu orgulhava-me das minhas origens.
Fiz uma careta. - Um dia.. um dia levo. - já fazia algum tempo desde que não ia ao México. Tinha saudades.

- Não percebo porque é que és assim tão fechado. - Resmunguei com um beiço mimado. - Levas-me e acabou e vai ser quando eu quiser. - Afirmei num tom mandão.

- Eu sei que não percebes. - fiz um sorriso torto. De facto, ninguém percebia. Devin não tinha sido adoptada, nem andado de família em família. Eu tinha passado por essas experiências e era.. difícil. Talvez fosse por isso, que não me abria tanto com as pessoas. - Não minha amiga. Vai ser quando Eu quiser.

- Tudo bem. - Murmurei olhando o seu peito meio triste com aquela sua faceta de idiota mal-humorado. - Se quiseres um dia levo-te a conhecer a minha terra, acho que vais gostar. - Sorri levemente.

Espreguicei-me. Aquele seu ar triste não me comovia de maneira nenhuma. Era preciso muito mais para me tocar ao ponto de me abrir com ela.
- Se lá houver mais pretas com mamas como as tuas, yah, vou adorar! - ri-me.

- Em Maui as mamas maiores são as minhas, desculpa. - Respondi meio chateada e sentei-me ao seu lado. - Se nem as minhas aproveitas não sei porque querer maior, parvo. - Resmunguei enquanto olhava para o mar à nossa frente, apoiando os meus cotovelos na areia.

Aproveitei para encostar a minha cabeça na sua barriga e mordi-a. - Unf.. podia ser que houvesse alguma velha com as mamas maior que as tuas. - gozei. - Mas não digas isso. Não sabes no que te metes. E eu não te quero magoar.