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Sala de estar
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Sala de estar
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Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Se eu nunca tinha visto uma ferida tão feia como aquela, também nunca tinha conhecido alguém tão casmurro como ele. Será que ele não via o quão má estava a sua perna, será que ele não percebia que se não se tratasse, aquilo poderia tornar-se em algo muito pior?
- Deves estar à espera de ter de ser operado.- ironizei, revirando os olhos mal o ouvi dizer-me para não desperdiçar o meu tempo.- tu és mesmo mal agradecido, não és? - tentei não me irritar demasiado.- caso ainda não tenhas percebido, eu só estou a dizer estas coisas para ver se percebes que nesse estado não vais conseguir trabalhar como deve de ser nem ajudar a tua família, como tanto queres.- disse-lhe, não lhe dando sequer tempo de me responder.- mas tudo bem, hás-de arrepender-te quando não conseguires andar.- suspirei, continuando a passar o algodão pela sua ferida, retirando, com muito cuidado, alguns pus que se tinham formado à volta da mesma.
- Deves estar à espera de ter de ser operado.- ironizei, revirando os olhos mal o ouvi dizer-me para não desperdiçar o meu tempo.- tu és mesmo mal agradecido, não és? - tentei não me irritar demasiado.- caso ainda não tenhas percebido, eu só estou a dizer estas coisas para ver se percebes que nesse estado não vais conseguir trabalhar como deve de ser nem ajudar a tua família, como tanto queres.- disse-lhe, não lhe dando sequer tempo de me responder.- mas tudo bem, hás-de arrepender-te quando não conseguires andar.- suspirei, continuando a passar o algodão pela sua ferida, retirando, com muito cuidado, alguns pus que se tinham formado à volta da mesma.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
A verdade é que eu não era muito resistente à dor. Quando tinha alguma ferida, por mais pequena que fosse já só me queixava, pelo menos a mim, ou à minha mãe, porque a outras pessoas não. Detestava dar parte fraca, muito menos a ela, que podia aproveitar-se disso para começar a gozar. Então, se eu já era assim com um corte qualquer, com uma ferida daquelas estava a fazer um enorme esforço para não gritar. Não conseguia perceber, tinha tomado vacina por causa das infeções, tinha tirado sangue e ela tinha melhorado tanto, para agora estar assim. Eu só não colocava creme há um dia e meio. Passei as mãos pelo cabelo, fechando os olhos e ouvindo Beatrice dizer-me que era mal agradecido. - Não sou - disse entre dentes, pressionando o punho que tinha formado contra o sofá enquanto ela desinfetava a ferida. - Já não consigo andar de qualquer das maneiras, podes reclamar à vontade.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Bastava-me olhar para a mão, que ele fechara em punho, para saber o quanto aquela ferida lhe doía. E o que me estava a irritar profundamente era o facto de ele ser tão casmurro ao ponto de não querer ir ao hospital. Será que ele não percebia que não havia muito que eu pudesse fazer, para além de lhe meter cremes que de pouco iam servir? Cerrei o maxilar, levantando o olhar para ele aos poucos e, assim que falou, acabei mesmo por soltar um leve suspiro.
- Eu percebo que não queiras parar de trabalhar.- murmurei, tentando acalmar o meu tom de voz.- mas alguém experiente vai ter de ver a tua ferida Robb.- olhei-o.- tu estás cheio de dores e, por mais cremes que ponhas, isto não vai melhorar do dia para a noite.- juntei ligeiramente as sobrancelhas.- deixa-me pelo menos chamar o médico aqui a casa.- tentei a minha sorte.- eu prometo que o meu pai não fica a saber de nada.- passei calmamente creme pela sua ferida.- pode ser?
- Eu percebo que não queiras parar de trabalhar.- murmurei, tentando acalmar o meu tom de voz.- mas alguém experiente vai ter de ver a tua ferida Robb.- olhei-o.- tu estás cheio de dores e, por mais cremes que ponhas, isto não vai melhorar do dia para a noite.- juntei ligeiramente as sobrancelhas.- deixa-me pelo menos chamar o médico aqui a casa.- tentei a minha sorte.- eu prometo que o meu pai não fica a saber de nada.- passei calmamente creme pela sua ferida.- pode ser?
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Fechei os olhos , suportar as dores parecia ser melhor assim, e suspirei ao ouvi-la começar a falar num tom calmo, para me tentar convencer a ir ao hospital, mas tudo mudou quando ela falou em vir cá um médico. Levantei a cabeça não conseguindo olhar para a minha ferida, até parecia que doía mais - prometes que o teu pai não fica a saber? - perguntei. Ela devia pensar que eu era burro ao ponto de saber que se não fosse ao médico aquilo ia ficar muito pior, mas o meu problema era mesmo a minha mãe e o seu pai. Não podia ficar sempre emprego e a minha mãe não podia andar a trabalhar três vezes por dia, em trabalhos diferentes.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Ao início ainda pensei que ele fosse desatar de novo aos berros, a dizer-me que se era para isto que nem valia ter vindo comigo, mas pela primeira vez desde que o tinha conhecido, ele conseguiu surpreender-me pela positiva. Não me podia esquecer de apontar este dia na minha agenda era, sem dúvida alguma, um dia memorável. Sorri levemente, quando me olhou e assenti prontamente à sua pergunta.
- Prometo.- murmurei e levantei-me depois, aproximando-me do telefone fixo que tínhamos ali na sala. Procurei pelo número do médico na agenda e liguei depois recebendo, como seria de esperar, uma resposta afirmativa. Esta era uma das coisas positivas de se ter um pai que era conhecido e adorado por todas aquelas pessoas da cidade. O problema era que elas não o conheciam verdadeiramente, mas isso também não interessava agora. Pousei o telemóvel, depois de o médico me dizer que vinha a caminho e voltei para junto de Robb, sentando-me no sofá, colocando depois a sua perna sob o meu colo.- o médico está quase a chegar.- disse-lhe.- tenta não ser muito desagradável, achas que consegues?- murmurei, mas desta vez, tentei mostrar algum tom de brincadeira na voz.
- Prometo.- murmurei e levantei-me depois, aproximando-me do telefone fixo que tínhamos ali na sala. Procurei pelo número do médico na agenda e liguei depois recebendo, como seria de esperar, uma resposta afirmativa. Esta era uma das coisas positivas de se ter um pai que era conhecido e adorado por todas aquelas pessoas da cidade. O problema era que elas não o conheciam verdadeiramente, mas isso também não interessava agora. Pousei o telemóvel, depois de o médico me dizer que vinha a caminho e voltei para junto de Robb, sentando-me no sofá, colocando depois a sua perna sob o meu colo.- o médico está quase a chegar.- disse-lhe.- tenta não ser muito desagradável, achas que consegues?- murmurei, mas desta vez, tentei mostrar algum tom de brincadeira na voz.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Fiquei de olhos fechados enquanto ela falava com o médico ao telemóvel. Tinha-me apercebido que tinha ficado surpreendida por ter aceite o seu pedido. Pois, eu não era assim tão mau quanto parecia de vez enquanto. Passei uma mão pelo cabelo, tentando arranjar alguma coisa com que me pudesse tapar e acabei por puxar um cobertor que estava por baixo da minha perna boca tapando só a parte de cima do meu corpo. Abri os olhos quando senti alguém mexer-me nas pernas e vi que era apenas Beatrice a sentar-se. - só sou desagradável para quem quero - respondi-lhe com um sorriso meio torto, estava meio dormente e algo que me dizia que ia adormecer até ao médico chegar.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
- Então porque é que queres ser desagradável comigo? - perguntei, assim que ele me disse que só era desagradável para quem queria.- que eu me lembre, nunca te fiz nada que o justifique.- encolhi os ombros, mas não cheguei a dizer mais nada assim que vi os seus olhos fecharem-se.- tenta manter-te acordado.- pedi.- o médico deve estar quase a chegar.- e dito isto, o som da campainha fez-se ouvir por toda a casa. Levantei-me com cuidado, voltando a pousá-la sobre o sofá e fui até à porta, abrindo-a depois de confirmar que era o médico.- muito obrigada por ter vindo doutor.- disse, com um sorriso, depois de o cumprimentar.- acompanhe-me até à sala.- pedi, dando-lhe espaço para que entrasse e depois, segui-o até junto de Robb.- este é o Robb, um amigo meu.- apresentei, esperando que ele não comentasse nada face ao ''um amigo meu''. Não podia propriamente dizer que me tinha dado na cabeça trazer uma pessoa da qual nem sequer gostava para dentro de casa.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
-Porque quero - disse com um pequeno encolher de ombros que me doeu no corpo todo. Aquilo não justificava nada mas era a simples e pura verdade. Ainda por cima, ela era filha daquele homem. Eu detestava-o para dizer a verdade. Fiz um esforço para abrir os olhos quando a campainha tocou e deixei que ela fosse abrir a porta ouvindo-a falar com o homem que chegou. Soltei um riso abafado quando disse "um amigo meu" mas não comentei.
- Boa tarde. - cumprimentou o médico com um sorriso agradável. Eu não costumava gostar de médicos, por isso não disse nada. Olhei-o, vendo observar a minha ferida com uma expressão neutra - isto está feio - comentou tocando-me na testa húmida - e está com uma pequena febre que tem que ser controlada. Dormir ajuda - aconselhou. Era exatamente isso que eu queria fazer, mas sabia que não podia, ainda tinha que ir para casa.
-Apenas cure a perna, tenho que ir para casa - disse com a voz rouca e ele levantou uma sobrancelha.
-Isto não vai ficar bom de uma noite para a outra, nem numa semana, quanto mais num dia - disse agarrando-me na perna fazendo-me estremecer e cerrar o maxilar com dor. - já está bem infetado e se a infeção se estiver espalhado eu aqui não posso fazer nada - informou começando a tirar as suas coisas da mala. A primeira coisa que o vi tirar foi uma agulha que me fez despertar logo e fazer sentar na sala, abanando negativamente a cabeça.
-Não, não vai fazer nada com isso.
- Boa tarde. - cumprimentou o médico com um sorriso agradável. Eu não costumava gostar de médicos, por isso não disse nada. Olhei-o, vendo observar a minha ferida com uma expressão neutra - isto está feio - comentou tocando-me na testa húmida - e está com uma pequena febre que tem que ser controlada. Dormir ajuda - aconselhou. Era exatamente isso que eu queria fazer, mas sabia que não podia, ainda tinha que ir para casa.
-Apenas cure a perna, tenho que ir para casa - disse com a voz rouca e ele levantou uma sobrancelha.
-Isto não vai ficar bom de uma noite para a outra, nem numa semana, quanto mais num dia - disse agarrando-me na perna fazendo-me estremecer e cerrar o maxilar com dor. - já está bem infetado e se a infeção se estiver espalhado eu aqui não posso fazer nada - informou começando a tirar as suas coisas da mala. A primeira coisa que o vi tirar foi uma agulha que me fez despertar logo e fazer sentar na sala, abanando negativamente a cabeça.
-Não, não vai fazer nada com isso.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Encostei-me a um braço do sofá, deixando que o médico fizesse o seu trabalho, visto que sabia muito mais o que fazer do que eu, e soltei um longo suspiro, propositadamente sonoro, quando o ouvi dizer que a ferida já estava demasiado infectada. Pois, tal como eu tinha dito.
- Deixa o médico fazer o trabalho dele Robb.- murmurei.- ainda tens umas horas antes de ires para casa.- sim, porque eu ficava sempre sozinha até à hora de jantar, quer dizer, isto quando os meus pais não chegavam depois. Passei uma mão pela cara, juntando as sobrancelhas ao ver as expressões de dor que ele fazia e por momentos, muito breves, senti vontade de o ir ajudar, ou pelo menos acalmar. Mas não, eu já sabia que com ele, isso era impossível. Acho que se tentasse, tanto eu como ele nos íamos irritar ainda mais. Era assim que funcionávamos, não era?
Estava já meio perdida nos meus pensamentos, visto que o mais que fazia era pensar, quando ouvi a voz exaltada de Robb, que me fez desviar o olhar para ele de imediato. Ao princípio ainda pensei que o médico o tivesse aleijado, uma vez que a sua perna estava demasiado frágil, mas ao ver a agulha na mão do homem e a cara assustada de Robb, percebi que o médico nem sequer tinha começado.- ei! - chamei a sua atenção, aproximando-me dele.- é só uma agulha.- murmurei baixinho, acabando por soltar um suspiro. Eu só esperava que ele não me matasse a mim.- olha para mim.- pedi, atrevendo-me a tocar-lhe na bochecha.- foca-te nos meus olhos, pode ser? - forcei-me a sorrir-lhe, acariciando meio a medo a sua bochecha.- está tudo bem, só tens de respirar fundo, não vai doer nada.
- Deixa o médico fazer o trabalho dele Robb.- murmurei.- ainda tens umas horas antes de ires para casa.- sim, porque eu ficava sempre sozinha até à hora de jantar, quer dizer, isto quando os meus pais não chegavam depois. Passei uma mão pela cara, juntando as sobrancelhas ao ver as expressões de dor que ele fazia e por momentos, muito breves, senti vontade de o ir ajudar, ou pelo menos acalmar. Mas não, eu já sabia que com ele, isso era impossível. Acho que se tentasse, tanto eu como ele nos íamos irritar ainda mais. Era assim que funcionávamos, não era?
Estava já meio perdida nos meus pensamentos, visto que o mais que fazia era pensar, quando ouvi a voz exaltada de Robb, que me fez desviar o olhar para ele de imediato. Ao princípio ainda pensei que o médico o tivesse aleijado, uma vez que a sua perna estava demasiado frágil, mas ao ver a agulha na mão do homem e a cara assustada de Robb, percebi que o médico nem sequer tinha começado.- ei! - chamei a sua atenção, aproximando-me dele.- é só uma agulha.- murmurei baixinho, acabando por soltar um suspiro. Eu só esperava que ele não me matasse a mim.- olha para mim.- pedi, atrevendo-me a tocar-lhe na bochecha.- foca-te nos meus olhos, pode ser? - forcei-me a sorrir-lhe, acariciando meio a medo a sua bochecha.- está tudo bem, só tens de respirar fundo, não vai doer nada.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Olhei para a minha perna, para a agulha e para o médico estático à minha frente. Não era só uma agulha como Bea me estava a dizer, era um agulhão e ia ser espetado na minha perna, não queria nada daquilo na minha perna. Abanei negativamente a cabeça e encostei a cabeça ao sofá cruzando os braços ao meu peito, apertando-os contra o mesmo - não, sem agulhas - disse mordendo o lábio inferior e superior, mantendo a minha posição autoritária até sentir a minha cara virar-se na direcção de Beatrice. Olhei-a abanando a cabeça - não... - ia dizer alguma coisa mas em vez disso olhei para o médico que já tinha espetado a agulha na perna. Fechei os olhos com força, agarrando numa almofada e sem pensar no que realmente estava a fazer mandei-a ao homem - eu disse para não fazer nada.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Felizmente, não fui agredida. Não que acreditasse que Robb fosse capaz de mo fazer, mas tinha de confessar que chegara a ter medo, a partir do momento em que lhe agarrei na cara. Fiquei a agarrar na mesma, passando os meus dedos pela sua cara, em gesto de carícia e só me afastei quando, ao olhar pelo canto do olho para o médico, vi que já tinha espetado a agulha na perna de Robb. Não, não tinha passado a gostar dele, mas esta tinha sido a única coisa de que me tinha lembrado para o ajudar. Porém, Robb não pareceu gostar muito da ajuda porque mal me afastei, já só o vi mandar uma almofada ao médico.
- Robb! - quase que lhe gritei, arregalando ligeiramente os olhos.- ele só te está a tentar ajudar! - fiz um gesto qualquer com a mão, vendo depois o médico afastar a almofada e endireitar-se.
- Não se preocupe, as crianças de quem eu trato também não reagem muito bem às agulhas.- e sinceramente, acho que aquela resposta foi a única vingança da qual o médico se lembrou. Não consegui conter uma leve gargalhada, olhando para Robb e tapei-lhe a boca com a mão, antes que dissesse alguma coisa.
- Robb! - quase que lhe gritei, arregalando ligeiramente os olhos.- ele só te está a tentar ajudar! - fiz um gesto qualquer com a mão, vendo depois o médico afastar a almofada e endireitar-se.
- Não se preocupe, as crianças de quem eu trato também não reagem muito bem às agulhas.- e sinceramente, acho que aquela resposta foi a única vingança da qual o médico se lembrou. Não consegui conter uma leve gargalhada, olhando para Robb e tapei-lhe a boca com a mão, antes que dissesse alguma coisa.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Cerrei o maxilar olhando para o médico. Ia mata-lo se ele me voltasse a desobedecer, e ia recorrer à violência se Bea me tocasse de novo. Pronto, talvez não recorresse à violência, mas ia ficar ainda mais chateado do que já estava. Revirei os olhos com a resposta do médico. Ele devia pensar que tinha muita piada, mas é que não tinha nenhuma. Passei as mãos pelo cabelo, ainda a sentir a minha ferida latejar e deixei-me cair para trás. Isto tudo só tinha contribuído para me sentir pior. Olhei para Bea assim que me tapou a boca com a mão por causa de prever que ia dizer algo e revirei os olhos - acho que vou vomitar. - anunciei demasiado baixinho e com o som abafado por causa da gaja.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Eu tinha de agradecer a todos os anjinhos por o médico não ter levado a mal o que Robb tinha feito, sim, porque se fosse eu, ter-me-ia levantado e tê-lo-ia deixado a morrer de dores, sem me importar minimamente. Acho que essa era uma das razões pelas quais não tinha ido para medicina. Mantive a minha mão sobre a boca de Robb, para ter a certeza de que não ia dizer nada, mas tive de a afastar de imediato, quando o ouvi dizer que ia vomitar. O que foi? Não era propriamente agradável imaginá-lo a vomitar-me para cima, apesar de algo me dizer que ele ia adorar fazê-lo. Corri até à cozinha, visto que ficava ali ao lado e voltei depois para a sala com uma bacia nas mãos.
- Toma, se precisares mesmo de vomitar.- murmurei, fazendo uma pequena careta e olhei depois para o médico.- como é que está a ferida doutor? Ele vai precisar de ir ao hospital? - eu esperava bem que não fosse preciso, porque eu sabia que se fosse, ele ia armar um outro escândalo, como sempre.
- Toma, se precisares mesmo de vomitar.- murmurei, fazendo uma pequena careta e olhei depois para o médico.- como é que está a ferida doutor? Ele vai precisar de ir ao hospital? - eu esperava bem que não fosse preciso, porque eu sabia que se fosse, ele ia armar um outro escândalo, como sempre.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Eu sentia-me mesmo mal, mas sabia que nada ia sair do meu estômago visto que já não estava lá nada. Só tinha comido ao pequeno almoço e, agora, que devia estar a comer, não o estava a fazer. Tapei-me melhor com a manta que estava à minha frente e suspirei baixinho com a aflição que sentia pelo meu estômago acima. - Não vou sujar a tua estúpida sala, não te preocupes - disse irritado, não por sua causa, mas por causa da sensação que tinha.
-Eu consegui fazer o que normalmente faço no hospital, mas se se tornar mais grave e a febre aumentar para um estado crítico... sim, vai ser necessário. Não vou poder fazer nada aqui. - respondeu ele.
-Eu consegui fazer o que normalmente faço no hospital, mas se se tornar mais grave e a febre aumentar para um estado crítico... sim, vai ser necessário. Não vou poder fazer nada aqui. - respondeu ele.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Sentei-me em cima do braço do sofá, onde estava anteriormente, depois de pousar a bacia ao seu lado, para o caso de precisar, e todos os músculos do meu corpo enrudeceram mal o ouvi dizer-me que não me ia sujar a sala.
- Só achei que não te ias querer sujar a ti também, mas se preferires vomitar para o chão, estás à vontade.- respondi apenas, vendo o médico arregalar ligeiramente os olhos, mas limitei-me a fingir que não tinha visto, assentindo depois ao que disse.- ele agora vai descansar e esperemos que melhore.- murmurei, começando a levantar-me.- muito obrigada por tudo doutor.
- Só achei que não te ias querer sujar a ti também, mas se preferires vomitar para o chão, estás à vontade.- respondi apenas, vendo o médico arregalar ligeiramente os olhos, mas limitei-me a fingir que não tinha visto, assentindo depois ao que disse.- ele agora vai descansar e esperemos que melhore.- murmurei, começando a levantar-me.- muito obrigada por tudo doutor.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
-Não vou sujar nada - suspirei já farto de ralhar e chatear-me com quem quer que fosse. Passei uma mão pela cabeça, descendo-a pela cana do nariz, respirando fundo. - Sim, vou descansar para casa - disse logo, mas para isso precisava da sua ajuda, nem que fosse para chamar um táxi, porque era impossível ir assim a pé para casa. Não agradeci ao homem, não gostava dele por ter feito aquilo da agulha e apenas me tapei, deixando que os meus olhos fechassem por alguns segundos enquanto ele se ia embora.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Assim que ouvi Robb falar, limitei-me a ignorar as coisas que dizia, acompanhando o médico até à porta. Agradeci-lhe mais uma vez, assentindo assim que me disse que se fosse preciso mais alguma coisa para não hesitar em ligar, e depois de fechar a porta, voltei para a sala, olhando para Robb, que estava de olhos fechados.
- Porque é que não dormes um bocadinho agora? - propus, encolhendo os ombros logo de seguida.- ainda faltam umas horas para o meu pai chegar e assim sempre te sentias com mais forças para ir para casa.- murmurei.- só estou a sugerir.- disse logo, antes que começasse com as respostas secas.- se não quiseres eu levo-te a casa agora.
- Porque é que não dormes um bocadinho agora? - propus, encolhendo os ombros logo de seguida.- ainda faltam umas horas para o meu pai chegar e assim sempre te sentias com mais forças para ir para casa.- murmurei.- só estou a sugerir.- disse logo, antes que começasse com as respostas secas.- se não quiseres eu levo-te a casa agora.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Já estava quase a dormir quando Bea me sugeriu que o fizesse. Suspirei passando as mãos pelo cabelo e tentei virar-me para o lado da minha perna boa, que era para o lado onde se saía do sofá, mas mal o consegui fazer. - Só um bocadinho - murmurei com a voz mesmo arrastada e a sentir-me suar por todos os lados, se bem que estava tudo menos calor. Voltei a abraçar-me a uma manta que tinha arranjado e deixei-me adormecer, como já devia ter deixado ha muito tempo.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Quando olhei como deve de ser para Robb e para a forma ensonada como me olhava, percebi que, mesmo que quisesse, não ia conseguir dizer que não ao que lhe tinha sugerido. Sorri vitoriosa, mesmo por saber que ele não via e pouco depois de ter adormecido, eu aproximei-me dele o suficiente para ver o seu corpo completamente suado. Suspirei, baixando-lhe ligeiramente as mantas, para a febre não subir ainda mais e fui até à cozinha, onde enchi uma taça com água e agarrei num pano, para depois voltar para a sala. Sentei-me junto dele, sempre com cuidado para não o acordar e tentei que o mesmo não acontecesse quando lhe comecei a molhar calmamente a cara. Só queria que a sua febre baixasse.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Abri os olhos lentamente quando o sol veio contra os meus olhos, visto que se estava a pôr e as janelas estavam todas abertas. Suspirei pestanejando algumas vezes para ver tudo mais focado e a primeira pessoa que vi, foi Beatrice, como seria de esperar. Olhei-a sem dizer nada, de início. Não me sentia bem, mas já me sentia melhor, pelo menos a má disposição tinha passado - eu tenho que ir - disse limpando a cara que estava molhada não sabendo muito bem porquê. Suspirei começando a sentar-me no seu sofá e olhei para a minha perna com um penso, fazendo um esforço para me sentar.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Felizmente Robb parecia ter o sono demasiado pesado para acordar comigo a passar-lhe o pano pela testa. Continuei a passar-lho por lá, durante todo o tempo em que permaneceu adormecido, e assim que o senti mexer-se, afastei o pano de imediato, pousando a tigela sob a mesa de centro, para que não se chateasse. Aproveitei para me afastar também dele, sentando-me na pontinha do sofá e quando me olhou, limitei-me a passar as mãos meio húmidas pelo cabelo.
- Como te sentes? - perguntei, esticando-lhe o pano seco que tinha trazido, para que pudesse limpar a cara.- eu sei.- disse, mal o ouvi dizer que tinha de ir embora.- eu vou levar-te.- assenti, começando a levantar-me quando o vi fazer o mesmo.
- Como te sentes? - perguntei, esticando-lhe o pano seco que tinha trazido, para que pudesse limpar a cara.- eu sei.- disse, mal o ouvi dizer que tinha de ir embora.- eu vou levar-te.- assenti, começando a levantar-me quando o vi fazer o mesmo.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
-Como se fosse vomitar para cima de ti - disse baixo, mas estava a gozar, sentia a minha barriga muito melhor e apenas tinha uma leve dor de cabeça, continuando com a perna sensível. Agarrei no pano que ela me deu limpando a cara e voltei a da-lo de volta levantando-me para vestir as calças, apesar de sentir que era impossível visto que a minha coxa estava o dobro do tamanho. - Boa - resmunguei para mim, despindo as calças de vez.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
- Eu só achei que ias querer espaço.- revirei ligeiramente os olhos depois de o ouvir.- nunca sei muito bem como vais reagir.- encolhi os ombros.- por isso, prefiro jogar pelo seguro.- murmurei, pousando o pano em cima da mesa depois de ele mo devolver e olhei-o por cima do ombro, quando voltou a resmungar mas, desta vez, não foi para mim. Acabei por me virar de frente para ele, percebendo que não estava a conseguir vestir as calças e tentei focar-me apenas na sua perna ferida e não olhar para ele todo, se é que me fazia entender.- eu vou lá a cima ver se o meu pai tem umas calças.- disse, fazendo um gesto qualquer em direcção às escadas.- fica aqui, eu não demoro.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
Re: Sala de estar
Não comentei ao que ela disse sobre querer espaço, preferia ignora-la em certas coisas, principalmente agora que não me sentia bem em mim. Olhei-a assim que percebi que ia buscar roupa do pai dela e abanei a cabeça, mas tive que falar alto para ela me ouvir - não - tentei dizer-lhe - não quero nada do teu pai. - encolhi os ombros -se me vais levar a casa eu vou assim, não é como se toda a cidade me fosse ver nu - acabei por dizer, colocando as calças por cima de um ombro. Não me agradava a ideia dela ir saber onde morava, mas não tinha outra alternativa.
Robb Lannister- Mensagens : 210
Data de inscrição : 18/04/2014
Re: Sala de estar
Ainda consegui ouvi-lo dizer que não queria roupa do meu pai, visto que estava a subir as escadas quando ele o disse, mas de qualquer das formas, fingi que não o tinha feito. Subi as escadas até ao andar de cima, parando em frente da porta do quarto dos meus pais, mas o meu olhar rapidamente se desviou para a porta do quarto do meu irmão. Ele e Robb eram parecidos, eram os dois altos e musculados, talvez fosse melhor ideia ir buscar alguma roupa de Rick. Abri a porta do seu quarto, entrando e permiti-me olhar em volta. Continuava tudo igual desde o dia em que tinha ido embora. A cama feita, os seus cd's daquelas bandas barulhentas que gostava de ouvir continuavam sobre a aparelhagem e a sua roupa permanecia intacta no seu armário. Não era que tivesse perdido a esperança, mas já tinham passados dois anos desde que ele tinha sido dado como desaparecido. Eu sabia como era a guerra. Tinha convivido com ela desde bebé. Abanei a cabeça, assim que percebi que devia estar a demorar demasiado tempo e, antes que Robb decidisse ir embora sozinho, abri a porta do armário do meu irmão, tirando de lá de dentro umas calças de fato de treino, que por serem mais largas, não iriam fazer tanta impressão a Robb.
- Ele é um estúpido, mas tu sabes que é por boa causa Rickie.- falei para o ar, como se o meu irmão me conseguisse mesmo ouvir e depois, saí do seu quarto para voltar para a sala. Desci as escadas e, assim que lá cheguei, estiquei as calças para Robb.- toma, estas devem servir-te.- murmurei.- e não te preocupes, não são do meu pai.
- Ele é um estúpido, mas tu sabes que é por boa causa Rickie.- falei para o ar, como se o meu irmão me conseguisse mesmo ouvir e depois, saí do seu quarto para voltar para a sala. Desci as escadas e, assim que lá cheguei, estiquei as calças para Robb.- toma, estas devem servir-te.- murmurei.- e não te preocupes, não são do meu pai.
Beatrice Anderson- Mensagens : 152
Data de inscrição : 19/04/2014
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