Quarto

Nem tive tempo de revirar os olhos. Fiquei embrenhada com o seu toque. Acomodei-me melhor no seu colo.
Passámos o resto dia por ali, com algumas pausas à mistura. Amanhã seria a minha audição.

Tinha ido uma excelente noite, mas tranquila. Não queria Aixa cansada para o grande dia que teria.
Nessa mesma manhã despedimos-nos. Voltaríamos-nos a ver na sua audição.

Foi rapido enquanto chegamos ao quarto.
Cai na cama e levei-o comigo.

Ela acabou por me tirar a camisola e ainda bem. Assim pude sentir a sua pele acetina e molhada deslizar contra o meu corpo. Beijei-a mais uma vez - Queres que pare para uma massagem?

Não sabia se aquilo era uma pergunta traiçoeira. Gatinhei para cima dele e beijei-o. - Eu não quero que pares, mas ao mesmo tempo ainda quero a massagem. - estalei a língua.

- queres tudo - vociferei sem me importar. Naquele momento só tinha fome. Fome dela. Tirei-lhe as leggins molhadas e depois rasguei as suas cuecas finas.

- Sim.. - Eu podia estar a ter mais olhos que barriga, mas não me importei. De que maneira fosse, o resto da minha roupa foi jogado no chão. Juntei as mãos ao seu cabelo. - Vai ter que me comprar umas cuecas novas, professor Trevor.

- pensei que isto saldava a dívida de teres levado muitas camisolas minhas - disse em resposta. Desci até poder acariciar o seu clitóris com a minha lingua.

Era verdade, mas eu também as tinha devolvido.. hum.. quer dizer, algumas.. - Tudo bem.. - resmunguei. Também era só umas cuecas.
A sensação da sua língua fez despertar ainda mais o meu corpo. Fez-me arquear contra ele. Gemer o seu nome.

Afinal ela não estava só molhada pela chuva... Sorri maliciosamente e continuei. Aquilo também me excitava. Subi e introduzi  a ponta do meu membro no seu centro.

Estava corada por sua obra. Um pouco dele já me fazia tremer. Puxei-o pelo pescoço. Precisava de Trevor num todo..

Enterrei-me por completo dentro dela. Alcancei o mais profundo que conseguia, depois voltei a retirar-me e repeti tudo de novo.

Nao foi uma maratona de sexo, ate porque eu estava cansada. Mas foi um fim de tarde bem passado. Depois de tomar banho, vesti umas cuecas que tinha trazido na mala e fui buscar gelatina ao frigorifico. Deitei-me na cama. - Massagem!

Eu não estava exausto, como já tinha acontecido algumas vezes sempre que nos enrolávamos. Vesti uns boxers e acendi umas velas aromáticas. Não sabia porquê que tina aquelas coisas - Está bem. - Coloquei-me a jeito e comecei.

As suas mãos eram sempre uma delicia no meu corpo. Controlei-me. Fui comendo os quadradinhos de gelatina que tinha na taça. As velas davam um belo ambiente. Era relaxante.. - Achas que fui bem? - era a primeira vez que lhe perguntava aquilo. - Quer dizer.. Mesmo, mesmo, bem??

Eu não devia falar destas coisas. Continuei a massajar as suas costas. Eu tinha umas mãos habilidosas - Foste muito boa, Aixa. Ficarei surpreendido se não te escolherem - Admiti.

Sorri abertamente. Então eu podia concluir dali que ele tinha gostado? - Obrigado. - ficaria radiante se caso ganhasse finalmente a bolsa, mas ao mesmo tempo reticente. Iria ter imensas saudades de Trevor. - Se eu chegar a ser escolhida.. Hum.. Eu quero uma ultima dança senhor professor. Naquele bar onde TU me beijaste.

No mundo da dança tudo era imprevisível, mas eu estava quase seguro de que ela ia ser escolhida. Então caí em mim, compreendo que isso significaria que a ia perder... quando ainda nem sequer a tinha. Afastei esse pensamento - Fica prometido. 

Era impossível tirarem-me o enorme sorriso que tinha nos lábios. Se caso eu ganhasse a bolsa, iria recordar para sempre a ultima vez que lançássemos. - Se ficar por aqui vou ter que te aturar mais um ano. - gozei. Eu adorava te-lo como um professor. Não haveria problemas com isso, muito pelo contrario.

- Pois, quanto a isso... - Olhei-a - Se ficares aqui não é boa ideia que volte a ser teu professor. Não te vou poder dar aulas, pelo menos oficiais - Eu estava mesmo a planear um ano na companhia daquela rapariga? O que é que se passava comigo? Porquê que sito não era um caso temporário?

Semi cerrei os olhos. Eu não o queria perder como professor, se caso acabasse por ficar por ali. Ele era de longe o melhor de todos os que já tivera. Não ia conseguir aceitar aquilo. - E porque não?

- Porque não. - Respondi. Sabendo que aquela resposta não lhe ia chegar, continuei - Porque não ia ser parcial, não ia ser justo. Se continuássemos com isto, não te queria dar aulas porque ias ser aquela para quem ia estar sempre  a olhar, a desejar... Não está certo.

Olhei-o incrédula. Eu não ia concordar com aquilo. Estava fora de questão. - Aí está, nós não íamos continuar com isto. Eu não estou disposta a prejudicar-me na dança, só por conta do que fazemos. Não te quero perder como professor. - cruzei os braços ao peito.

Ouvir aquilo foi como levar uma bofetada. Não devia ter sido, critiquei-me logo por isso. Afastei-me.
- Está certo. - Não disse mais nada. Levantei-me e fui até à casa de banho.

Revirei os olhos. O que é que eu tinha feito agora? Vesti uma das suas t-shirts e encostei à porta da casa de banho. - O que foi?