Aeroporto

Relembrando a primeira mensagem :

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Eu acabei por lhe roubar o frango frito. Kaik andava a rondar-nos e por isso dei-lhe alguns pedacinhos. Nem foi preciso dizer que o cachorro ficou animado. - Claro, e a dor de não ter sexo vai fazer-te ainda melhor.

Para variar, ela roubou-me um dos pedaços de frango. Tive de ir buscar outro. - Estás-lhe sempre a dar coisas para comer que ele não deve. Não admira que ele goste tanto de ti, fazes-lhe as vontades todas! - Quase me engasguei ao ouvir o que ela disse - Depois de uma das minhas massagens vais estar mais do que apta.

- Sh... shiu.. - coloquei-lhe um dos pedaços de frango na boca, antes que voltasse a falar. - Cada um joga com as armas que tem. E depois, o nosso amor vai muito além das coisas que eu lhe dou para comer. - sorri. - Nã, nã, nã.. nem com massagens.

Eu queria castigá-lo sim, mas ao mesmo tempo queria descansar. - Tenho a certeza absoluta. - beijei a sua face. - A culpa é tua senhor Blake.

Pelos vistos não ia mesmo ter animação esta noite. Aborrecia-me um bocadinho mas compreendia. - Faz parte do oficio...

- Hey, hey.. fazer parte do ofício não quer dizer que tenha que ficar em papa humana. E tu como namorado devias dar-me um desconto. - fiz beicinho. - Mas sabes, apesar de tudo eu aceito a massagem.

- Eu disse não ao sexo, isso não vai mudar Trevor.. agora à massagem é outra história. - abanei as pernas. - Pensa no quão cansado este corpinho vai estar se voltares a fazer um treino tão intenso como o de hoje.

Aquilo fez-me soltar uma gargalhada baixa. Ela estava mesmo demovida da ideia. Mau para mim. 
- Estás a querer fazer-me mudar  de ideias em relação a treinos intensos? Isso é usares a tua vantagem de uma maneira muito manipuladora!

- Não, não.. estou apenas a prevenir que sejas preso por homicídio. - cruzei os braços ao peito. No fundo, estava mesmo era a aproveitar-me da minha vantagem. - Quanto mais intenso for o treino, mais a minha perna vai ceder e consequentemente, mais erros irei cometer. E com isso, será mais tempo com o Eric. As mãos dele no meu corpo, o corpo dele junto ao meu...

O meu corpo ficou tenso quando ela falou naquele traste - Tinhas de estragar tudo - Fiz uma careta. - Eu mostro-te quem é que tem autoridade para tocar em ti... - Peguei nela e levei-a para o quarto.

O resto da noite foi passado naquele quarto.
No dia seguinte, o clima parecia estar mais calmo. Pelo menos, Trevor não parecia tão homem das cavernas. Almoçámos juntos, trocámos algumas ideias e em pouco de duas semanas voltámos à mesma rotina.

Por mais que quisesse ajudar Natasha na cozinha eu simplesmente não tinha talento nenhum para aquilo. Assim que a campainha tocou, fui abri-la. Sorri abertamente quando vi Trevor e rapidamente beijei os seus lábios.

Sorri de imediato assim que vi Aixa. Mal tive tempo para reagir, já ela me beijava. - Alguém estava com saudades minhas - Brinquei, quando nos afastámos para respirar. - Trouxe isto.  

- É, vamos fingir que sim. - Assim que nos afastámos olhei para a garrafa de vinho. Sorri abertamente. - Bem, eu não bebo, mas aposto que tu e a Natasha vão fazer bom proveito disso! - depois olhei para os lados. - Vejo que não trouxeste o meu filho. Pobre Kaik.

Fechei a porta atrás de mim. Ainda não tivera tempo de o fazer - É esse o objectivo - Pisquei-lhe o olho. Ela é que perdia por não beber. - Trazia-o e ainda arriscava a ter de levar com um ataque de histerismo por parte da minha irmã. E por falar nela.. . - Natasha apareceu. Abracei-a.

- Ah, isso é muito injusto! - bufei, nada contente pelo pequeno cachorro não ter vindo. Fui colocar a garrafa de vinho no centro da mesa e depois voltei para o sofá. Entretanto começara a dar um filme qualquer na tv. - Histerismo desnecessário. O Kaik é um amor.. melhor do que um certo Trevor. - mostrei-lhe a língua.

- Qualquer dia convenço-me mesmo que preferes o meu cão a mim mesmo - Gargalhei. Natasha nem podia ouvir falar em bolas de pêlo, passava-se logo. Perguntei-lhe se ela precisava de ajuda na cozinha, ela logo me disse que não. Tomei a liberdade de me juntar a Aixa no sofá.

- Eu gosto mesmo mais do teu cão do que de ti. - gatinhei rapidamente até ele e abracei-o. O jantar não demorou muito até ficar pronto. E ainda bem, estava a ficar com fome. E Natasha sabia fazer pratos incríveis.

- Não é isso que me dizes à noite quando... - Só fui interrompido pelo som da minha irmã a entrar na sala "Eww, nojo. Não preciso de ouvir essas coisas, Trev. Nem completes. " Ri-me.

Não consegui soltar sequer um sorriso, pois o meu tom de pele rapidamente mudou para um rosa intenso. Apanhei a primeira almofada que me apareceu à minha frente e atirei-lha à cara. - Hey! Seu idiota! Essas coisas não se dizem!

A morena acenou com a cabeça e fez sinal para nos virmos sentar. A melhor coisa que fizera quando chegara a NY fora sem dúvida, ter arranjado Natasha como colega de apartamento. Ela tinha umas mãos de fada. Tudo o que ela cozinhava era delicioso. Eu comia que nem uma desalmada, como sempre. Cheguei a engasgar-me algumas vezes, levando ainda alguns sermões de Natasha. - Estava a pensar, já que daqui a uns dias é véspera de Natal podíamos sair. Ainda não comprei as prendas de Natal!