Hospital

Como já tinha dito, o meu braço estava apenas deslocado, assim que eles mo puseram no sítio e mo ataram com uma ligadura disseram que podia passar pela farmácia para comprar um medicamento caso tivesse muitas dores, mas como eu não tinha dinheiro, nem morria de dores, apenas assenti e saí do sítio. -Pronto, podemos ir.

Olhei para Dean, enquanto pensava na pergunta de Skyler - nós vamos a pé, não temos... sitio para ir hoje - disse clareando a garganta e agarrei na mão do meu irmão. Era de noite, não ia arriscar andar com ele por aí.

Suspirei com a sua pergunta e olhei-a.-Não estou propriamente na minha villa - disse-lhe - ainda demora umas horas a pé. - visto que não havia transportes que eu pudesse pagar a esta hora da noite, era impossível ir até casa.

Parei à saída do hospital suspirando quando começou a chover muito. - Não - respondi de imediato à sua proposta sentindo o meu irmão encostar-se à minha barriga com os braços arrepiados por causa do frio. Mordi o interior da bochecha quando o olhei e dei-lhe uma festa no cabelo - está bem - suspirei - só por causa dele.

Revirei os olhos com a sua resposta e agarrei em Dean ao colo, com algum esforço por causa do braço e afaguei-lhe as costas - Também não conseguias violar-me, sou mais forte que tu - sorri-lhe cinicamente e segui-a até ao carro, para a deixar-me levar a sua casa.

Acho que fui levada de urgencia, nao sei muito bem. Acordei, atordoada e vi tudo branco e azul. Tentei procurar alguem..

Entretanto o medico veio falar comigo. Parecia receoso.. estranho até. Mandou-me ter calma. Explicou-me que me tinha sido diagnosticada uma doença que ainda não tinha cura, alias que era muito cara e muito rara. Perguntei quão cara e explicou-me que podia chegar aos milhares de euros. Nao sabiam em que estado estava, mas era avançado, a unica soluçao era a operação mas até agora nao havia condiçoes. Podia dar-me suplementos para diminuir a dor mas iria ter recaidas, e nao eram poucas. Ficou registado como meu medico e deixou Thomas entrar. Nao sei..Acho que fiquei paralisada e comecei a chorar.

Limpei as lagrimas e apertei a mão dele com força.
Nao disse nada durante uns segundos.
-Vou morrer. -Foi o que disse, simples e directamnete.

O meu olhar estava focado no vazio. Agarrei-me a ele com força e tentei acalmar-me, alias animar-me pois estava petrificada.
 Expliquei-lhe tudo o que o médico dissera..

-Nao me podes prometer isso. -Sorri levemente, agarrando-me bem contra ele, tentando acalmar-me. - Eu sei como isto vai acabar, com sorte ainda tenho um ano.

-É a verdade. - Encolhi os ombros. - Agora tenho é de aproveitar tudo bem. E desculpa ter-te chamado, se soubesse que era assim tão grave nao te tinha chamado. - Abracei-o mais uma vez e beijei-lhe a bochecha.

Levantei-me e vesti o meu casaco, pegando no saco com os meus atuais medicamentos. Controlei-me imenso para nao chorar. Abracei-o com força.
-Obrigada por tudo, és fantástico!- Mordi lhje a bochecha na brincadeira.

Sorri e assenti que sim. Tratamos daquilo tudo e saímos dali.