Quarto

Ela não tinha medo de me tocar ou de explorar. Gostava disso e dei-o a entender com um gemido baixo. Agarrei-a pela cintura e tornei as investidas mais fortes.

As minhas mãos assentaram ao fundo das suas costas e gemi. Eu estava a fazer sexo, eu deixara de ser virgem.. o que pensava que ia ser uma má noite, tinha-se tornado muito melhor. Arranhei-o.

Mordi o seu lábio inferior e puxei-o com força, mas sem chegar ao ponto de a aleijar. Dei toda a potência nas ultimas investidas. Queria acabar com aquilo.

Fechei ligeiramente os olhos e gemi. O meu corpo movimentou-se contra o dele, fui mordiscando o seu queixo e o seu pescoço. Às tantas, voltei a atingir o orgasmo.

O meu orgasmo chegou depois do dela. Foi o melhor da noite. Para uma virgem, o sexo com Aixa não tinha sido mau de todo. Muito pelo contrário. Juntei os meus lábios aos seus.

Os nossos sexos afastaram-se depois de tudo acabar. Juntei as minhas mãos à sua face. Apesar de todo o prazer que ele me proporcionara, estava dorida, bem lá em baixo. No entanto, não estava arrependida. Um sorriso enorme percorreu-me o rosto.

Por momentos levantei-me da cama e fui até à casa de banho. Quando regressei ao quarto, já trazia uns boxers vestidos e uma toalha molhada. Aproximei-me dela novamente - encosta-te para trás.

Olhei-o de sobrancelha erguida, mas não contestei o que ele disse. Encostei-me para trás, contra uma das suas almofadas.

Não queria que ela adormecesse daquela modo, suja com o meu sémen. Por isso limpei a sua zona intima com delicadeza e cuidado, ela amanhã ia ver o quão dorida estava e seria culpa minha.

Pisquei os olhos repetidas vezes. Ele estava a fazer mesmo aquilo? Não deixava de ser querido da sua parte. Mas uma vez mais, corei.

Afastei a toalha e deixei-a em cima da cómoda. Abracei Aixa e puxei-a contra o meu corpo. - tens fome? - perguntei.

Mordi o meu lábio e sentei-me no seu colo. Aproveitei para puxar a sua t-shirt caída na cama e vesti-a. - Hum.. - acenei a cabeça. - Um pouco..

Apesar de ser já madrugada, não achava nada estranho ter feito aquela pergunta. Depois do sexo, ficava frequentemente com fome - sou capaz de ter gelado, apetece-te?

Juntei os meus pés. Um gelado agora vinha mesmo a calhar. Voltei a sorrir e acenei com a cabeça. - Sim, sim..

Saí da cama e fui até à cozinha buscar a caixa de gelado, trazendo também duas colheres. Voltei para a cama e sentei-me a seu lado. Passei-lhe uma das colheres.

- Obrigada. - Apanhei a colher e seguidamente cheguei para perto o suficiente para partilhar o gelado. Caramelo, um dos meus preferidos, pensei.

Saboreei o gelado com ela e, apesar de estarmos em silêncio, não era muito constrangedor, o que era admirável sobretudo depois do que tínhamos feito. - Então... como te sentes?

O gelado era realmente saboroso. Lambi a minha colher, depois de terminada aquela sobremesa deliciosa. - Bem.. um pouco dorida, mas bem. - olhei-o. - Hum.. esperaste os meus dezoito para me tirares a virgindade, não foi?!

Olhei para ela enquanto lambia a minha colher - Não foi bem esperar porque se não te tivesses atravessado no meu caminho esta noite, nada disto teria acontecido - Respondi - E nunca te pressionei a fazer isto antes porque, bom, sim, estava à espera que fizesses dezoito anos. Parecia mais correto.

- Foi um acidente. Entrei naquela sala enquanto estava a encontrar uma saída. - encolhi os ombros. Mas não queria que ele entendesse que estava arrependida, pois não estava. - Nunca vai ser correcto, tu és meu professor..

- Foi um acidente fortuito, entãp - comentei, com um ténue sorriso. - Depende da perspectiva. Na minha, tu és uma rapariga e eu sou um homem, entre nós, neste momento, não há nenhuma relação oficial de professor e aluna. Para além disso se ganhares a bolsa, deixo de ser teu professor.

As férias meio que já tinham começado, mas na minha cabeça ele não deixava de ser meu professor.. encolhi os ombros. - Pois. Mas se não ganhar, vais continuar a sê-lo.

- Se não ganhares, mudas de turma. Ou deixamos de fazer isto. - Era simples assim. Não queria estabelecer planos, até porque acreditava que ela ia vencer a bolsa.

Aquilo era errado não só por sermos professor e aluna, como também, pelas idades. Ele devia ter pelo menos, mais dez anos que eu. - Eu não quero mudar de turma. - revirei os olhos. - Tu és rigoroso, não sabes fazer mais nada se não criticar, és um abominável homem das cavernas, mas eu gosto..

Aqueles insultos, se é que o eram, passaram-me ao lado. Claro que ela gostava. Essa parte eu ouvira e prestara atenção - Aixa, não fiques a pensar nestas coisas agora. Temos tempo até nos preocuparmos com isso e para além disso tens a audição em poucos dias. Depois vê-se.