Aeroporto

Relembrando a primeira mensagem :

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Depois de um duche rápido segui até à sala. Estava esfomeada, o sexo com ele deixava-me assim. E ainda bem que era ele quem fazia o jantar. Não queria ter de cozinhar omeletes todos os dias. Roubei-lhe um beijo e sentei-me no sofá.

Tive que me amanhar com as coisas que ela tinha em casa, o que era basicamente comida light. Fiz uma massa com cubos de carne, fiambre, queijo e alguns vegetais.

Mais uma vez, reunimos-nos na sala de estar, sentados no sofá a ver televisão, enquanto jantávamos. Eu adorava aquele ambiente entre nós. Parecia que encaixava na perfeição. É claro que não foi um simples jantar. Ainda lhe preguei algumas partidas, envolvendo beijos ou até mesmo roubar comida.

Aquela cena parecia um hábito de há muito tempo. Era assim que me sentia com Aixa. No sitio onde devia.
Claro no fim de jantar tive de a aliciar e voltar para o quarto...

Ele convenceu-me a ir para o quarto mas não por muito tempo. Eu queria aproveitar bem a nossa última noite juntos. - Eu quero sair Trev.. Ir para uma disco e dançar.

Não era bem o que eu tinha em mente mas não lhe conseguia dizer que não. - Ok, está bem. Vamos lá.

Vesti qualquer coisa sexy, tudo para o provocar e depois seguimos até a uma discoteca ali perto. Eu já fora ali algumas vezes, era um bom sítio.
Percorri a pista de dança. Queria arranjar um bom sítio, só para o provocar mais um pouco.

O sitio não me era desconhecido,só que há dez anos atrás era bastante diferente e tinha outro nome. Credo, quando é que o tempo passara tão depressa? Segui atrás ela até ao meio da pista - Isto faz-me lembrar certas coisas..

Colei-me ao seu corpo, enquanto dançávamos. Eu era apaixonada por dançar com ele. Queria poder fazê-lo sempre. Ergui as sobrancelhas. - Ai sim? Como o quê?

- Como daquela vez em Feeny na discoteca... - As memórias voltaram à minha mente - Foi uma boa noite, aquela.

Olhei-o meio confuso. - Referes-te daquela vez em que nos beijámos pela primeira vez ou àquela em que um gajo me atacou e tu partiste-lhe a cara? - ri-me.

- Claro que foi a em que nos beijámos - A outra nem me vinha à cabeça. Só agora, graças a ela. - Se bem que a outra tambem foi divertida.

Agora que me lembrava dessa noite, tinha sido demasiado divertida. Claro que na altura fiquei aterrorizada. - Tu deixaste-me assustada, homem das cavernas. - fiz uma careta. - Mas devo confessar que foi deveras excitante ver-te andar à porrada.

- E foi deveras gratificante partir a cara àquela estúpido que meteu as mãos em ti - Admiti - Voltaria a fazê.lo.

Beijei os seus lábios e sorri abertamente. Gostava daquele seu lado protector, no entanto, ainda achava que a violência não levava a lado nenhum. - Uh.. qualquer dia vais ter que me ensinar os teus truques.

- De karaté? - Não me agradava a ideia de ela lutar - Um mestre nunca revela os seus truques.

- Hum.. rum.. - abanei a cabeça de forma divertida. Seria interessante ter aulas dele. Muito interessante. - Oh, porque não?

Imaginei que ensinar-te karaté pudesse ser tão divertido como interessante como as aulas de dança. - Porque corre o risco de ser ultrapassado pelo discípulo. Não teria graça.

- Nã.. nã.. nã.. não tenho talento para o karaté, por isso, nunca ia acontecer. - mostrei-lhe a língua. E depois, ele era muito maior e mais forte do que eu. Não havia comparação possível. - E tem toda a graça! Assim como as aulas de dança. - olhei-o de forma maliciosa.

- Não sabes se tens ou não, não é verdade? - Se ela nunca tivera aulas. - Essas tinham outro tipo de graça... - Pisquei-lhe o olho.

Ele podia até ter razão, mas eu tinha a certeza que luta não era algo ao qual me tornasse boa. - Oh, ai sim?! Pois estas também podiam ter a mesma graça!

- Veremos... - Agarrei-a pela cintura e fi-la dançar mais perto de mim. Gostava quando estávamos assim.

Aproveitei toda aquela nossa aproximação para lhe roubar um beijo. Como sempre, os nossos corpos estavam em sintonia.

Aixa seria sempre a melhor parceira de dança que poderia alguma vez ter. Dançar com ela não se comparava com dançar com mais alguém. 
Ainda ali, na pista de dança, fiz deslizar as minhas mãos maliciosamente pelo seu corpo.

- Nunca perde uma oportunidade prof Trevor.. - sorri de forma divertida. As minhas mãos percorriam os seus braços, à medida que dançávamos. Era incrível o quanto o desejava.