Quarto da Skyler

Agarrei no leite sorrindo quando falou nas panquecas e peguei também numa dando uma dentada gigante na mesma, já com saudades de comer alguma coisa tão boa. Fiquei em silêncio enquanto comia, apreciando uma boa refeição e depois fiquei a olha-la - acho que tenho que ir. - anunciei.

Olhei para ele.
- A tua mãe disse para não teres pressa. - disse baixo. - E não vais sozinho para casa, Evan.

Por alguma razão que eu não conseguia perceber, não me sentia bem ali a aceitar aquilo tudo, acho que essa era uma das razões pelo qual eu tinha acabado com ela. Mas eu queria estar ali, eu continuava a gostar dela, bastante. - Viste o meu irmão?

Abanei a cabeça.
- Ele estava no quarto. Contava vê-lo quando te levasse. - encolhi os ombros e levantei-me. - Vou pôr isto lá em baixo. Precisas de ajuda a descer as escadas?

Assenti começando a afastar as mantas de cima de mim e tentei levantar-me devagarinho, mordendo o lábio para não me respirar por causa das costelas. - Sim - disse com uma careta. - Se conseguires comigo - aproxiimei-me um pouco dela. Sorri levemente abanando a cabeça - sim, ele quase que me matava - eu sentia-me mesmo lixo.

- Ajudei-te a subir, por isso aguento. Vou só levar isto. Dois minutos. - disse-lhe e fui deixar o tabuleiro na cozinha. Voltei depois e ajudei-o a ir até ao carro. - Ele estava mesmo chateado quando veio ter comigo. - comentei.

-Sim - assenti enquanto andava a seu lado - é um cobarde por aparecer de repente - resmunguei - se eu estivesse preparado não estava assim, de certeza - bem, não podia dizer que não porque eu não andava propriamente forte e saudável.

Suspirei.
- Podes fazer queixa, Evan. - relembrei e arranquei em direção a sua casa depois de trancar a porta da minha.

Mordi o lábio inferior com força abanando a cabeça - não posso - olhei-a - para isso preciso de um advogado - nem valia a pena. Se eu tinha que a rouba-la para dar comida ao meu irmão não me parecia que tivesse dinheiro para isso.

Suspirei.
- Eu oferecia-te ajuda, mas sei que vais recusar. - estacionei em frente à sua casa e ajudei-o a sair.

Assenti, sim, eu não queria ajuda de ninguém. Olhei para a porta de casa que se abriu mal ela estacionou e saí do carro ouvindo um guincho da minha mãe mal me viu. Revirei os olhos e quando me consegui por de pé ela já estava a agarrar-me pelo meu braço bom. - O que é que aconteceu? - perguntou-me.
-Eu acho que temos uma conta no hospital - sorri levemente sentindo um abraço vindo dela e não só, Dean também me agarrava pelas pernas, pela primeira vez em semanas.